Módulo com voluntários de estadia simulada em Marte 'acopla' a 'nave'

'Retorno' dos 'marsonautas' à Terra está previsto para 5 de novembro deste ano

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Por Efe
Atualização:

 

 

MOSCOU - A "cápsula de descenso" na qual três dos voluntários do voo simulado a Marte abandonaram nesta quinta-feira à "superfície marciana" se acoplou à "nave interplanetária" na qual empreenderão o "retorno" à Terra, informou o instituto de problemas biomédicos (IPBM) da academia de ciências da Rússia.

 

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"O acoplamento foi realizado com sucesso. Até o dia 27 de fevereiro, Aleksandr Smoleyevski, Diego Urbina e Wang Yue, que retornaram do simulador da superfície de Marte, deverão permanecer em quarentena antes de abrirem as escotilhas de acesso ao espaço habitável do recinto experimental", detalhou porta-voz do IPBM. Ele acrescentou que "a partir deste momento (o acoplamento), começa a terceira etapa da experiência, o voo de retorno de Marte até a Terra".

 

Uma vez superada a quarentena, os três "marsonautas" serão recebidos pelos outros três participantes da experiência "Marte-500", que permaneceram na "órbita marciana" enquanto seus companheiros exploravam a "superfície marciana". O russo Smoleyevski, o italo-colombiano Urbina e o chinês Wang Yue permaneceram cerca de duas semanas no simulador da superfície marciana, onde realizaram três caminhadas.

 

Esta experiência, que começou em 3 de junho de 2010, serve para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo interplanetário. Os participantes vão compartilhar durante um ano e cinco meses os 550 metros cúbicos que somam os quatro módulos cilíndricos que formam o simulador, situado no recinto do IPBM em Moscou.

 

Eles permanecerão isolados do mundo exatamente o tempo que leva o voo de ida e volta a Marte, 490 dias, ao que se soma a estadia simulada no planeta vermelho, recriada em um módulo independente de 1,2 mil metros cúbicos. O retorno dos "marsonautas" à Terra está previsto para 5 de novembro deste ano.

 

A Agência Espacial Europeia (ESA) e a russa Roscosmos lançaram em 2004 este ambicioso projeto, ao qual uniu-se posteriormente a China e no qual colaboram os Estados Unidos e a Espanha.

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Em novembro de 2007 ocorreu uma primeira experiência preparatória, no qual seis voluntários russos permaneceram isolados do exterior durante duas semanas, enquanto em julho do ano passado ocorreu um simulacro de voo ao Planeta Vermelho de 105 dias.

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