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Mortes por causa da dengue podem chegar a 18 em Catanduva

Cidade vive a pior epidemia da doença de sua história é a sétima mais afetada do Estado de São Paulo

Por CHICO SIQUEIRA
Atualização:

CATANDUVA - A dengue pode ter matado 18 pessoas somente em Catanduva, no interior. A cidade vive a pior epidemia da doença de sua história, com 5,5 mil casos confirmados e 3,6 mil suspeitos. É a 7.ª cidade mais afetada no Estado, com índice de 5,6 mil casos por 100 mil habitantes. Até agora, seis mortes foram confirmadas e outras 12, com diagnóstico da doença, são investigadas.

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Nem a instalação de um hospital de campanha, que já atendeu 5 mil pacientes, de um laboratório e de uma ala para hidratação de doentes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) conseguiram frear a epidemia. Nesta semana, os casos cresceram 47,9%: de 3.682 confirmados para 5.449.

A Prefeitura atribui a escalada da doença à falta de conscientização dos moradores. Como exemplo, as autoridades lembram da situação da Vila Mota, onde há um mês foi feita uma blitz. “Na semana passada, em uma nova visita, os agentes encontraram de cinco a seis criadouros do mosquito transmissor por residência”, diz nota divulgada pela assessoria do prefeito Geraldo Vinholi (PSDB), que enfrenta uma Comissão de Inquérito na Câmara Municipal e um inquérito do Ministério Público para apurar a situação da doença no município.

Invasão autorizada. A prefeitura conseguiu autorização para invadir as casas fechadas e desabitadas e fazer a retirada de criadouros e focos de larvas. Para moradores, porém, a culpa da epidemia é do governo. “Acho que no início demorou para fazer o cerco nas quadras próximas de onde surgiam casos”, afirmou o microempresário Marcelo Ribeiro. Já o comerciante Luís Roberto Silva acredita que o número de casos seja maior. “Os atendimentos em clínicas particulares não são computados.” A prefeitura diz que combateu a doença “durante todo o ano de 2014” e negou subnotificação. 

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