MPF em Goiás quer saber por que Anvisa proibiu anfetamínicos

De acordo com o ministério, reportagens publicadas pela imprensa indicam que a agência reguladora não ouviu os médicos sobre o assunto

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Por Agência Brasil
Atualização:

BRASÍLIA - O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás quer saber por que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu retirar do mercado remédios para emagrecer à base de anfetaminas. Na última terça-feira, 4, a diretoria da agência reguladora decidiu banir os inibidores de apetite anfetamínicos (anfepramona, femproporex e mazindol) e tornou mais rigoroso o uso da sibutramina, também utilizada no tratamento da obesidade.

 

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De acordo com o ministério, reportagens publicadas pela imprensa indicam que a agência reguladora não ouviu os médicos sobre o assunto e profissionais de saúde alegam não haver comprovação científica de que os medicamentos são prejudiciais aos pacientes.

 

O MPF em Goiás abriu um inquérito civil público e pediu à agência que encaminhe, no prazo de dez dias, informações e estudos em que a proibição se baseou.

 

Com a decisão da Anvisa, os remédios com anfetamina não podem mais ser prescritos pelos médicos, nem fabricados no país, e os atuais registros serão cancelados. As farmácias e drogarias terão dois meses para retirá-los das prateleiras.

 

A agência reguladora argumenta que estudos internacionais constataram a baixa eficácia dos emagrecedores derivados de anfetamina na perda de peso e os riscos à saúde do paciente.

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