Mulheres têm chance maior de morrer após ataque cardíaco, aponta estudo

Médicos dizem que mortalidade pode ser reduzida usando procedimentos mais invasivos

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Por Redação
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Quando se trata de problemas do coração, as mulheres deveriam ser tratadas como os homens. Entre os pacientes admitidos em hospital após terem sofrido um ataque cardíaco, as mulheres tinham uma probabilidade muito menor de serem submetidas a uma angiografia, na qual se injeta um contraste nos vasos sanguíneos para que as obstruções fiquem visíveis em um raio-X, ou a uma angioplastia, para remover as obstruções, descobriu o estudo.

 

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As mulheres tinham um risco duas vezes maior de morrer dentro de um mês após o ataque cardíaco, segundo o estudo. "Isso sugere que poderíamos reduzir a mortalidade nas pacientes mulheres usando procedimentos mais invasivos", disse o médico François Schiele, cardiologista-chefe do Hospital Universitário de Besançon, na França.

 

Schiele, que apresentou a pesquisa no encontro da American College of Cardiology em Atlanta, afirmou que as mulheres deveriam ser tratadas com todas as estratégias recomendadas, incluindo as invasivas.

 

Alguns estudos anteriores também haviam sugerido que as mulheres têm um risco maior de morrer após um enfarte, mas ainda não se sabe por quê. As diferenças biológicas podem ser uma explicação, afirmam os pesquisadores, mas também havia diferenças substanciais nos esquemas de tratamento recebidos pelas mulheres.

 

Os pesquisadores analisaram dados de um registro que incluiu mais de 3.500 pacientes que foram tratadas para enfartes entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007. As mulheres, que eram quase um terço dos pacientes, eram nove anos mais velhas em média que os homens e tinham mais problemas de saúde.

 

Na maior parte dos estudos sobre o coração, a maioria dos pacientes é formada por homens, o que faz das mulheres uma população pouco estudada.

 

O estudo francês descobriu que as mulheres recebiam um número menor de tratamentos eficazes para os ataques cardíacos. As mulheres tinham uma probabilidade quase duas vezes maior de morrer durante a internação inicial ou no mês seguinte.

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