Um integrante da organização Médicos sem Fronteira que chegou a Nova York, vindo da África Ocidental, apresentou nesta quinta-feira, 23, teste positivo para Ebola. É o primeiro caso diagnosticado na cidade e o quarto nos Estados Unidos. O médico, identificado como Craig Spencer, de 33 anos, havia trabalhado na Guiné, um dos três países africanos mais afetados pela doença.
O americano apresentou febre e problemas intestinais e notificou os Médicos sem Fronteira nesta quinta, segundo a entidade. Spencer foi transferido de seu apartamento, em Manhattan, para o Hospital Bellevue, segundo o Departamento de Saúde e Higiene Mental de Nova York.
O prefeito da cidade, Bill de Blasio, disse que todos os protocolos foram seguidos e que Spencer teve contato com poucas pessoas.
Em sua página do Facebook, há uma foto Spencer com equipamentos de proteção. Ele teria ido para a Guiné em 18 de setembro e voado para Bruxelas em 16 de outubro, antes de seguir para Nova York. Ele é especialista em medicina de emergência internacional pela Universidade de Columbia e pelo Hospital Presbiteriano de Nova York.
Competição. Organizadores da Maratona de Nova York, em meio às tentativas para impedir a disseminação do Ebola no país e cientes de que 40% dos 50 mil participantes vêm de outros países, determinaram que a corrida em 2 de novembro não incluirá corredores que registrem Libéria, Serra Leoa ou Guiné como residência. Nem competidores profissionais nem amadores - ou mesmo voluntários internacionais - serão dessas nações da África Ocidental.
Os organizadores da maratona, segundo declaração do porta-voz da corrida Chris Weiller, estão “monitorando cuidadosamente as atualizações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) e do Departamento de Saúde de Nova York”.
“A proteção e a segurança de nossos corredores, espectadores, voluntários e funcionários são sempre nossa maior prioridade”, afirmou Weiller. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS