Atualizada às 17h09
O presidente Barack Obama pedirá ao Congresso norte-americano 88 milhões de dólares para lutar contra o vírus Ebola na África Ocidental, conforme informou nesta segunda-feira, 15, o jornal The Wall Street Journal.
Obama tem de detalhar seu plano de ação na terça-feira durante uma visita à sede principal dos Centros de Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC) dos Estados Unidos, em Atlanta, na Georgia.
A iniciativa poderá incluir o envio de novos hospitais móveis, médicos e especialistas e material médico, assim como a formação de pessoal sanitário local, segundo o jornal.
O plano vai propor abordar prioritariamente quatro áreas: o controle da epidemia na África Ocidental; o reforço das competências dos sistemas de saúde pública na região, especialmente na Libéria, o país mais afetado; a melhoria da capacidade local por meio da formação intensiva de pessoal sanitário; e, finalmente, maior apoio das organizações internacionais como as Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Já tínhamos previsto muitas coisas, mas não é suficiente", disse a assessora antiterrorista do presidente Obama Lisa Monaco. "O presidente colocou em marcha uma estratégia mais ambiciosa e isso é o que explicará con detalhe na terça".
Obama já tinha anunciado há uma semana que os Estados Unidos enviariam recursos militares, entre eles unidades de isolamento, para ajudar os países a lutarem contra a epidemia.
O presidente espera também conseguir compromissos financeiros para estabelecer um plano de combate internacional reforçado.
O vírus, contra o qual não existe nenhum tratamento nem vacina, já deixou mais de 2,4 mil mortos, segundo o último informe da OMS. As regiões mais afetadas são a Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Luvas. A Malásia vai enviar mais de 20 milhões de luvas de borracha médicas para cinco países africanos atingidos pela epidemia do Ebola, conforme anunciou nesta segunda-feira, 15, o primeiro-ministro do país Najib Razak.
O país do sudeste asiático é um dos principais produtores de luvas médicas, com cerca de 60% do total da produção. Autoridades de saúde disseram que a baixa quantidade de luvas médicas nas nações afetadas pelo vírus tem causado mais mortes e aumento os riscos de que o vírus se espalhe para médicos e enfermeiros.