GENEBRA- A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margareth Chan, disse nesta sexta-feira, 22, que o mundo deve se preparar para uma onda de infecções mais graves e mortes provocadas pela gripe suína. Mais cedo, o balanço diário da organização confirmou 11.168 casos da doença e 86 mortes.
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Segundo Chan, em locais onde o vírus A H1N1 está em circulação, a gravidade das infecções deve aumentar. "Este é um vírus sutil e sorrateiro", disse Chan. "Nós temos indícios, muitos indícios, mas poucas conclusões sólidas."
A diretora da OMS ressaltou ainda que há uma pequena diferença entre o alerta para risco de epidemia 5 e o 6, que indica uma pandemia, mas que a mudança ainda não foi discutida com especialistas." A decisão de declarar uma pandemia de gripe é uma responsabilidade e um dever que eu tenho levado muito, muito a sério", afirmou"Vou me consultar com o comitê de emergência sobre isso", disse.
Os procedimentos da OMS definem uma pandemia baseados somente pela amostra de expansão, e não pelos sintomas que o vírus pode causar. Seguindo estas regras, Chan poderia precisar aumentar o nível de alerta para a fase 6 assim que o vírus H1N1 mostrar sua expansão de forma sustentável em somente um país fora da América do Norte.
Balanço
A doença continua a se concentrar nas Américas. Os Estados Unidos registraram 5.764 casos, incluindo 9 mortes. No México, há 3.892 ocorrências, com 75 mortes. O Canadá tem 719 casos e uma morte. Na Costa Rica há 20 doentes e foi confirmada uma morte.
Na quinta-feira, o governo brasileiro anunciou o nono caso da doença no País. Um morador de São Paulo que voltou dos EUA teve os sintomas um dia após voltar da viagem. Ele foi internado e passa bem.
Há 294 casos registrados no Japão. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças afirmou, no fim da quinta-feira, que dez novos casos foram registrados no continente, elevando o total na Europa para 290.
As autoridades italianas ordenaram, no início da sexta-feira, o fechamento de duas escolas em Roma. Nessas instituições, houve casos de alunos que contraíram o vírus quando viajaram para os EUA.
Autoridades nos Emirados Árabes informaram nesta sexta-feira que colocaram um passageiro de avião vindo do Canadá em quarentena. Caso se confirme, este seria o primeiro caso de influenza (H1N1) na região do Golfo Pérsico.
A OMS recomenda aos doentes que evitem viagens internacionais. Além disso, os que apresentarem sintomas da doença após viagens internacionais devem buscar auxílio médico.