A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira, 12, que submeterá a uma avaliação externa sua atuação sobre a pandemia de gripe A (H1N1), frente às críticas e às acusações de conivência com a indústria farmacêutica na gestão dessa emergência sanitária. No entanto, não definiu quando deve ocorrer esse procedimento, do qual estarão encarregados especialistas sem vínculos com a entidade sanitária.
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A OMS tentará responder com esta medida às críticas sobre uma suposta conivência com a indústria farmacêutica para exagerar a gravidade do novo vírus e promover a venda de vacinas e remédios para combatê-lo.
A moção apresentada pelo presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Wolfgang Wodarg, para investigar se tal conflito de interesses existiu levou hoje a um pronunciamento do organismo sanitário.
A OMS sustentou que "esperamos e damos as boas-vindas às críticas e à oportunidade de discuti-las. No futuro, realizaremos uma avaliação de nosso trabalho com especialistas externos para analisar nosso manejo e resposta ao vírus H1N1".
A porta-voz do organismo, Fadela Chaib, declarou que "estamos abertos às recomendações que podem melhorar nosso trabalho" e prometeu que seu conteúdo se tornará público. No entanto, indicou que ainda não está definido o momento de realizar essa avaliação.
A OMS reconheceu que o vírus da gripe A foi menos virulento do que se temia, mas descartou por enquanto declarar o fim da pandemia.
Para sustentar essa decisão, explicou que devem passar várias temporadas antes de poder confirmar que a pandemia não voltará a surgir, eventualmente, com maior força. Por enquanto, discute-se esperar entre seis e doze meses mais para poder declarar o fim da pandemia.