OMS volta a defender vacinação contra gripe suína

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Por AE
Atualização:

Apesar de confirmar que o vírus H1N1 não se mostrou tão perigoso como se temia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) defende a campanha de vacinação que será realizada no Brasil a partir de 8 de março e apela para que grande parte da população seja imunizada. Anteontem, a entidade reuniu seus principais especialistas sobre gripe suína, em Genebra, e optou por manter o alerta de pandemia - quando uma doença ultrapassa fronteiras e se espalha para diversos países. Para chegar à decisão, a organização levou em conta dois fatores diretamente ligados ao Brasil e ao Hemisfério Sul. O primeiro é a constatação de que a região entrará nos próximos meses em sua temporada de inverno e que só a partir desse momento será possível saber se haverá uma segunda onda mais forte de contaminação. Segundo o diretor de influenza da OMS, Keiji Fukuda, essa consideração foi a mais importante na decisão de manter o alerta de pandemia.Fukuda ainda apontou para o aumento de casos na África e admitiu que a organização continua preocupada com as regiões mais pobres do Hemisfério Sul. A OMS teme o impacto de um novo surto nos países, dizendo que não há garantias de que eles terão condições de lidar com o problema se ele for, de fato, mais severo. O outro argumento que prevaleceu foi o de que a declaração do fim da pandemia enfraqueceria as campanhas de vacinação que começarão nos próximos dias, como a do Brasil. Durante o encontro, a entidade admitiu que "houve incerteza se novas ondas adicionais de atividade do vírus poderiam ocorrer e que seria necessário evitar minar a preparação" dos países em desenvolvimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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