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ONU faz alerta contra isolar profissionais de saúde por Ebola

Secretário-geral considera restrições 'desnecessárias'; quarentenas impostas por Estados americanos são criticadas por governo federal

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Por Redação
Atualização:

VIENA - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, alertou nesta segunda-feira, 3, contra as restrições rígidas "desnecessárias" aos movimentos dos profissionais de saúde que combateram o vírus Ebola na África Ocidental. 

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Alguns Estados norte-americanos impuseram quarentenas forçadas para profissionais de saúde que voltam de países africanos afetados pelo Ebola, mas o governo federal dos Estados Unidos se opôs a essas medidas. 

Canadá e Austrália barraram a entrada de cidadãos de Libéria, Serra Leoa e Guiné, onde a doença está disseminada, e alguns políticos norte-americanos pediram a adoção de medidas similares nos Estados Unidos. 

Aviso no Hospital Bellevue, em Nova York, alerta para a disseminação do Ebola na África Ocidental Foto: Mark Lennihan/AP

"A melhor forma de deter esse vírus é pará-lo na fonte, em vez de limitar, restringir o movimento de pessoas e do comércio", disse Ban em entrevista coletiva em Viena. "Em especial quando há algumas restrições extras desnecessárias e discriminações contra profissionais de saúde. São pessoas extraordinárias que estão doando a si mesmas, arriscando suas vidas", acrescentou. 

Importantes companhias aéreas internacionais e serviços de entrega devem continuar suas operações normalmente, defendeu Ban. 

Especialistas na área médica dizem que o contágio do Ebola é difícil e que o vírus só se espalha pelo contato direto com fluidos corporais de uma pessoa infectada e não é transmitido por pessoas assintomáticas. 

"É claro, quando alguém tem um sintoma (de Ebola), essa pessoa tem de ser imediatamente tratada, apoiada e isolada, se necessário", disse Ban. 

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O surto mais mortal de Ebola já registrado matou quase 5 mil pessoas, a maioria delas na Libéria, Serra Leoa e Guiné./REUTERS 

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