Atualizado às 14h05
GENEBRA - Apesar de toda a estrutura e precaução, até mesmo os funcionários de entidades internacionais que trabalham em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) agora são atingidos pelo Ebola. Neste domingo, a entidade emitiu um comunicado para confirmar que um de seus colaboradores na África contraiu o vírus que já matou mais de 1,3 mil pessoas.
Inicialmente, a OMS indicou que a vítima fazia parte de seu grupo de funcionários. Duas horas depois de emitir o comunicado, a entidade informou que especialista afetado trabalha numa das instituições da Rede Global de Resposta e Alerta de Surtos, entidade que justamente coordena as operações ao lado da OMS na região afetada.
A OMS não revelou nem o nome e nem a nacionalidade do paciente e apenas indicou que o funcionário estava operando em Serra Leoa. De acordo com a entidade, a vítima é um especialista em epidemiologia.
A OMS garante que o funcionário receberá "o melhor tratamento possível" e admite que já está sendo pensada a evacuação do especialista para outro centro de atendimento.
Desde o início da crise, a OMS enviou para a região cerca de 400 especialistas, entre eles brasileiros.
Nos países mais afetados pela doença, um total de 225 médicos e enfermeiras locais acabaram contraindo a doença ao lidar com os pacientes. Desse grupo, 130 morreram.
Em sua defesa, a OMS insiste que sabe dos riscos a que esses profissionais estão submetidos para cumprir seu trabalho. Mas diz que a entidade "garante a todos os trabalhadores" acesso a equipamentos apropriados.