Polícia de MG apura irregularidades na compra de remédios por instituto

Foram cumpridos mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão na operação que investiga o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado

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Por Leonardo Augusto
Atualização:

BELO HORIZONTE - A Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu nesta sexta-feira, 29, em Belo Horizonte, quatro mandados de condução coercitiva e cinco de busca e apreensão dentro de operação que apura suspeitas de irregularidades na compra de medicamentos pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). As investigações começaram há cerca de um ano a partir de informações repassadas à Polícia Civil pela Controladoria Geral do Estado (CGE).

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Entre os investigados que foram levados para prestar depoimento estão André Eduardo dos Santos Scarpelli, pregoeiro do Ipsemg, Alexandre Savi, dono da Farmaconn, Rodrigo Roberto da Silva, gerente de licitações da empresa, e Marco Aurélio Biaggini, gerente de vendas da companhia, que atua na área de distribuição de medicamentos para hospitais. As informações sobre os investigados foram repassadas pela assessoria de imprensa da Polícia Civil.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da empresa, no bairro Cachoeirinha, região nordeste de Belo Horizonte, e nas residências dos investigados, ainda conforme informações da Polícia Civil. 

Segundo o delegado Ramon Sandoli, que participou da operação, as suspeitas são que "medicamentos foram entregues em desacordo com a legislação". O Ipsemg administra o Hospital da Previdência, que conta com 344 leitos e realiza cerca de 12 mil internações por ano.

A Polícia Civil não revelou quantos e quais os medicamento que não teriam sido entregues dentro das especificações exigidas. Segundo informações do site da Farmaconn, a empresa trabalha com 28 tipos de medicamentos, como analgésicos, vitaminas, broncodilatadores, diuréticos e mucolíticos. A reportagem entrou em contato com a empresa e aguarda retorno. O Ipsemg não se posicionou sobre a investigação da Polícia Civil. Depois de ouvidos, todos os investigados foram liberados.

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