Rede Hora Certa deve ter 9 ‘unidades de lata’

Prefeitura corre para entregar 30 das 32 estruturas prometidas no Plano de Metas; parte será feita em contêineres

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Por Adriana Ferraz
Atualização:
Contêineres no Tucuruvi. Quando há filas, pacientes precisam aguardar do lado de fora Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

SÃO PAULO - Das 17 unidades da Rede Hora Certa em funcionamento hoje na capital, sete são provisórias, abertas em contêineres de metal. Chamadas de “unidades modulares”, de “rápida construção” ou ainda de “arenas móveis”, elas podem ser transferidas de endereço de acordo com a demanda regional.

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No Plano de Metas do prefeito Fernando Haddad (PT), porém, o formato de “lata” não está previsto. Quando assumiu o governo, em 2013, a promessa era entregar 32 unidades fixas – uma em cada subprefeitura. Segundo o secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, o governo corre para entregar 30 das 32 prometidas. Dessas, nove serão em contêineres. 

Padilha afirma que esse método não interfere na qualidade de atendimento nem aumenta o custo do projeto. O benefício, segundo ele, é o tempo de instalação, mais rápido em relação aos projetos de alvenaria, que exigem compra ou desapropriação de terreno. “Assim é possível instalar uma Rede Hora Certa em até três ou quatro meses e com o mesmo sucesso de uma unidade de alvenaria.”

O método, no entanto, não oferece conforto ao usuário. Com espaço reduzido, quando há filas, os pacientes precisam aguardar do lado de fora, sem proteção contra sol e chuva. 

O secretário mostra-se otimista com o ritmo das obras, mesmo que algumas delas nem tenham sido iniciadas de fato. Caso da Rede Hora Certa Carrão, na zona leste. Depois de comprar o prédio onde funcionava um antigo hospital, a Prefeitura alterou o projeto, o prazo de entrega e também a responsabilidade de obra, que agora será tocada pela Organização Social (OS) que comanda o território, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).

Segundo o vereador Ota (PSB), o entrave para a execução da obra não é financeiro. O parlamentar afirma que ele e sua mulher, a deputada federal Keiko Ota, já aprovaram emendas no valor de R$ 3,7 milhões para a construção. “Mas a obra nunca começa. A população da região precisa do equipamento. Espero que cumpram a promessa e usem a verba que liberamos”, disse o vereador.  Padilha disse que esses recursos serão usados na reforma de quatro sobrados localizados no terreno do antigo hospital. Eles receberão consultórios da Rede Hora Certa até o fim deste ano, assegura o secretário.

Ermelino Matarazzo, na mesma região, também receberá uma Rede Hora Certa em substituição a um antigo hospital, o Menino Jesus. 

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