Reino Unido registra primeiro caso de Ebola

Mais de 20 mil pessoas foram infectadas pela doença na África

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Por Jamil Chade
Atualização:

GENEBRA - As previsões feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) se confirmam e o vírus do Ebola atinge mais de 20 mil pessoas, enquanto em Glasgow, um primeiro caso confirmado de infecção foi confirmado no Reino Unido. Em agosto, a entidade com sede em Genebra soou um alerta de que a epidemia que naquele momento não tinha feito sequer mil vítimas ganharia uma dimensão inédita e que o mundo teria de estar preparado para atender a 20 mil pessoas. 

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Em um comunicado, a OMS informou que, pela primeira vez, os números oficiais de pessoas contaminadas ultrapassou a marca dos 20 mil, quatro meses apenas depois do alerta. Desses, 7,8 mil pessoas não sobreviveram. Mais de um terço dos casos confirmados em laboratório estão em Serra Leoa, que se tornou o epicentro do pior surto da doença, com 9,4 mil contágios e 2,7 mil mortes.

Apesar da expansão, a entidade acredita que conseguiu desacelerar o crescimento da doença e que a previsão de 5 mil contaminados por semana foi evitada.

Ainda assim, a OMS admite que está longe de conseguir erradicar o vírus e acredita que o Ebola conviverá com os países africanos pelo menos até a segunda metade de 2015. Até la, o impacto econômico será dos mais severos, apesar da injeção de mais de US$ 1 bilhão pela comunidade internacional para sair ao socorro das vítimas e dos governos. 

Glasgow. Enquanto a África ainda sofre para controlar a doença, as autoridades britânicas confirmaram nesta segunda-feira um primeiro caso em seu território, na cidade de Glasgow. Trata-se de uma funcionária de uma rede humanitária que atuava na África e que chegou de Serra Leoa no domingo. 

A paciente está em uma zona isolada do hospital de Gartnavel e todos os contatos que ela manteve desde então estão sendo investigados. Nos próximos dias, ela deve ser transferida para Londres. 

No domingo, ela voo de Serra Leoa para Glasgow, via Casablanca. A British Airways confirmou que está colaborando com as investigações, justamente para tentar identificar todos os passageiros que possam ter tido contato com a paciente. Os governos escocês e inglês montaram um grupo de alerta para impedir que novos casos apareçam. 

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