RJ e SP retomam aulas; RS adia retorno por causa da gripe suína

No Rio Grande do Sul, prefeitos também decidiram suspender o transporte escolar para alunos da rede estadual

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Por Redação
Atualização:

Estudantes do Rio e de São Paulo voltam às aulas nesta segunda-feira, 17, depois do adiamente por causa da gripe suína. Só em São Paulo, são mais de 9 milhões de estudantes que voltam às escolas. As aulas também seriam retomadas no Rio Grande do Sul, mas foram adiadas mais uma vez, e agora só voltam no dia 1º de setembro.

 

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No Rio Grande do Sul, a decisão de um novo adiamente foi tomada no último sábado, 15, após um impasse entre as redes estadual e municipal de ensino. Durante o encontro, os prefeitos decidiram que não fornecerão transporte escolar para os alunos da rede estadual e que, se não houver entendimento com o Estado, o Ministério Público poderá ser acionado em função do risco sanitário.

 

Prevenção contra a gripe

 

Além da colocar à disposição dos alunos álcool gel e copos descartáveis, há colégios recomendando que as crianças não compartilhem brinquedos, objetos pessoais e material escolar. Outras pretendem evitar jogos coletivos, suspenderam atividades em locais fechados e estão desligando os aparelhos de ar-condicionado.

 

A maior preocupação agora é com funcionárias,professoras e alunas grávidas. Parte dos colégios tem optado por afastá-las temporariamente.

 

As medidas adotadas em São Paulo variam de acordo com o perfil da escola. No Colégio Oswald de Andrade, o ar-condicionado foi desligado e, no refeitório, bandejas, canecas e talheres foram retirados. Os alimentos serão entregues embalados.Já a Escola Castanheiras pede para os pais enviarem um kit com lenço de papel e garrafa de água. No Miguel de Cervantes, os alunos devem sair da classe ao fim de cada aula. A natação foi suspensa.No colégio Guilherme Dumont Villares a recomendação é para que as crianças e jovens não compartilhem MP3 players e celulares. "Quanto menos atividades que envolvam manuseio de objetos melhor", explica Ana Sigaud, coordenadora de marketing do Colégio Pentágono. A escola vai retirar as almofadas e tapetes das salas infantis e suspender as aulas de culinária e oficinas de massinha.Algumas escolas particulares também resolveram afastar as funcionárias grávidas. O Colégio Santa Amália, por exemplo, afastou três gestantes e o Rio Branco prorrogou as férias delas em mais uma semana. No Sesi e no Senai, o afastamento de 180 funcionárias grávidas está em discussão.A atitude das escolas, que vêm se comunicando com os pais durante o recesso, acalma as famílias. Mãe de duas meninas, de 5 e 8 anos, que estudam no Pentágono, a empresária Silvia Tortorella, acredita que as escolas estão preparadas. "As instituições devem ter consciência de que estamos em um momento de atenção", disse.O estudante do colégio Rio Branco Fabio D'Arienzo, de 15 anos, também está tranquilo em relação ao retorno às aulas. "Recebemos as orientações de higiene e acho que meus colegas vão agir com cuidado."Apesar das medidas anunciadas, alguns pais ainda temem a volta às aulas, especialmente nas escolas públicas. A doméstica Nice Nascimento, de 48 anos, mãe de Camila, de 17, e Mariana, de 12, teme pela saúde das filhas. "Não estou confiante, mas elas não podem perder o ano."Para a rede pública estadual, a Secretaria da Educação realizou na semana passada uma videoconferência com o objetivo de orientar 210 mil professores e distribuiu para as escolas 36 mil cartazes com orientações sobre gripe suína.Os alunos devem receber informativos elaborados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). Além disso, a partir de hoje, professores poderão acessar e imprimir atividades didáticas sobre o tema no site da secretaria.A recomendação para a rede pública é cumprir o calendário de 200 dias letivos, com reposição das aulas adiadas. No caso da rede municipal de São Paulo, a prefeitura determinou reposição aos sábados.

 

Texto ampliado às 9h57 para acréscimo de informações.

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