Temporada de gripe está acabando na América do Sul, diz OMS

Segundo a OMS, a gripe poderá circular pelo mundo ainda pelos próximos dois anos, voltando no inverno

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Por Jamil Chade e da Agência Estado
Atualização:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a primeira temporada mais intensa da gripe suína está em sua fase final na América do Sul e no restante dos países do Hemisfério Sul. "O inverno na parte Sul do planeta está quase terminando e só mesmo na África do Sul é que os casos (do vírus H1N1) continuam a se expandir em um ritmo maior", disse Gregory Hartl, porta-voz da OMS. 

 

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Segundo ele, os casos no Cone Sul e Austrália já deram sinais de perder força, depois de assustar principalmente no Chile e Argentina. A região sul-americana passou a ter mais mortes que o México, local que primeiro sofreu um surto da gripe em abril. No caso africano, a expansão ainda continua porque a gripe teria chegado à região com algumas semanas de atraso em relação aos demais continentes no Hemisfério Sul. "Com a perda de força na África do Sul, será então o fim da temporada mais intensa da gripe nos países do Sul. O que vamos ver, portanto, é como a gripe reagirá no inverno que começará em alguns meses no Hemisfério Norte. Estamos entre duas temporadas (de gripe suína)", disse Hartl.

 

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Segundo ele, o fim do inverno na América do Sul não significa que casos deixarão de ocorrer. "Nos trópicos, vamos ver uma atividade do vírus durante todo o ano. Mas ele será menos intenso que nas zonas temperadas", explicou. Em pleno verão na Europa, os casos também não pararam de ser registrados, assim como nos Estados Unidos. A previsão é de que o ritmo nestas áreas aumente ainda mais a partir de novembro.

 

 

A OMS tenta acelerar o processo de fabricação de vacinas antes que a gripe suína volte a atingir um número importante de pessoas na Europa e Estados Unidos. Na Ásia, a entidade alertou que não haverá vacina suficiente em um primeiro momento, mesmo com laboratórios chineses prometendo os primeiros produtos já para setembro. 

 

Segundo a OMS, a gripe poderá circular pelo mundo pelos próximos dois anos. Nos Estados Unidos, um estudo da Casa Branca indica que entre 30% e 50% da população pode ser afetada nos próximos doze meses. No mundo, já são oficialmente 182 mil casos confirmados, com 1799 mortes. Mas a própria OMS admite que esses números são estão amplamente superados.

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