'Terrível mosca peluda' é encontrada no Quênia

Cientistas toparam com a mosca de pelos amarelos pela primeira vez em 1933, e então novamente em 1948

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Por Redação
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Cientistas no Quênia localizaram uma das moscas mais raras e de aparência mais estranha no mundo, após uma longa busca pelo inseto apelidado de "terrível mosca peluda", anunciaram especialistas nesta quarta-feira, 8. Cientistas toparam com a mosca de pelos amarelos pela primeira vez em 1933, e então novamente em 1948. Desde então, pelo menos meia dúzia de expedições científicas visitaram um local entre as cidades de Thika e Garissa na tentativa de encontrar a mosca novamente. Com cerca de um centímetro de comprimento, e encontrada até agora apenas sobre uma única pedra de 20 metros de altura, a mosca "Mormotomyia hirsuta" tem aparência mais semelhante a uma aranha que a uma mosca, devido a suas pernas peludas, disseram cientistas. Incapaz de voar, a mosca se reproduz em fezes de morcegos, e acredita-se que ela viva apenas em uma fenda úmida, repleta de morcegos, em uma rocha isolada nos Montes Ukazi. Ela possui olhos minúsculos e asas não funcionais que lembram alças de cinto. O pesquisador. Robert Copeland, do Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insetos, sediado em Nairóbi, disse que a aparência física da mosca deixou os cientistas perplexos quanto ao lugar que ela ocupa na ordem das Dipteras, ou "moscas verdadeiras". "Coletamos espécimes novos para submetê-los a análise molecular, para ver onde exatamente a 'terrível mosca peluda' se encaixa no processo evolutivo", disse Copeland à Reuters pelo telefone. "Ela não possui adaptações óbvias para agarrar-se a outros animais, para se deslocar de um lugar a outro. Com suas pernas compridas, talvez consiga se agarrar a um morcego para pegar carona. Ela nunca foi encontrada em nenhum outro lugar." A Mormotomyia hirsuta é o único membro de sua família biológica, e alguns especialistas em moscas acham que ela acabará provando ser a única família de moscas inteiramente restrita à África. (Reportagem de Richard Lough)

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