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UE promoverá ações contra o sedentarismo e a má alimentação

Bloco defende a criação de centros de referência para a troca de ideias sobre métodos de diagnóstico e de tratamento de doenças

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Por Redação
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Sopot (Polônia) - Os países da União Europeia decidiram nesta quarta-feira promover medidas para combater "com urgência" o sedentarismo e os hábitos nutricionais inadequados, diante do aumento da obesidade e do crescimento das diferenças na expectativa de vida entre os estados-membros.A promoção de um estilo de vida saudável e a redução das desigualdades sanitárias entre os 27 estados foi um dos principais eixos de ação que a Presidência polonesa da UE apresentou para o semestre no Conselho informal de ministros da Saúde realizado nesta quarta-feira em Sopot (Polônia)."Se no passado as doenças infecciosas eram a principal causa de morte na UE, atualmente são as doenças crônicas e as do sistema cardiovascular", destacou ao fim da reunião a ministra de Saúde polonesa, Ewa Kopacz.Cerca de 70% das mortes na UE são causadas pelas doenças relacionadas à alimentação e à prática de exercício físico "e, portanto, podem e devem ser prevenidas", destacou em entrevista coletiva Kopacz, quem pediu à UE "atuar com urgência" neste sentido.Essas doenças são as principais causadoras das grandes divergências na expectativa de vida nos diferentes estados-membros, de até 14 anos entre os países do leste e do oeste da UE.Mas as desigualdades "também dão muitas vezes entre regiões de um mesmo país", afirmou a diretora-geral de Saúde e Consumo da CE, Paola Testori, quem assinalou que as diferenças "têm a ver com as circunstâncias socioeconômicas".Kopacz destacou a necessidade de reduzir a obesidade - outro fator de risco para as doenças cardiovasculares -, que afeta entre 8% e 25% dos adultos da UE, e um de cada cinco crianças europeias.Os estados-membros colocarão estratégias e medidas concretas para promover os hábitos saudáveis e reduzir a obesidade em um texto de conclusões que preveem adotar no Conselho de Saúde que será realizada em Bruxelas no início de dezembro, diz ministra polonesa.Os ministros da UE se comprometeram a melhorar a detecção adiantada das disfunções relacionadas com a comunicação que dão nas crianças, como os problemas visuais ou os auditivos.Em particular, apoiaram a criação de "centros europeus de referência" que permitam agilizar a cooperação entre os estados-membros e trocar boas práticas sobre métodos de diagnóstico e de tratamento, segundo explicou a ministra polonesa.Kopacz assinalou a importância de detectar o mais rápido possível os problemas de percepção que possam ter as crianças, já que "repercutem em seu rendimento escolar" e mais adiante "podem reduzir suas possibilidades de formação e emprego".Além disso, os países da UE examinaram a aplicação do tema transplante de órgãos, que entrou em vigor no ano passado.Por último, a Presidência rotativa da UE insistiu na necessidade de incorporar as novas tecnologias aos serviços sanitários por meio de medidas como a digitalização e as bases de dados dos pacientes.Kopacz mencionou países que estão à frente da Europa neste sentido como a Finlândia, Dinamarca e Holanda, e pediu aos estados-membros que "encontrem novas formas de financiamento" para modernizar seus sistemas sanitários.

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