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Última paciente de Ebola na Libéria é liberada

O país africano anunciou que, pela primeira vez em nove meses, não houve novos registros de infecção por uma semana

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Por Redação
Atualização:

MONRÓVIA - A última paciente de Ebola confirmada na Libéria teve alta nesta quinta-feira, 5, ao mesmo tempo em que o país africano anunciou que, pela primeira vez em nove meses, não houve novos registros de infecção por uma semana.A Libéria já não tem nenhum infectado com o vírus em seus centros de tratamento, indicaram fontes oficiais. 

Beatrice Yordoldo deixou o centro de tratamento de Ebola nesta quinta-feira, que era dirigido por uma equipe de médicos chineses, segundo a AFP. "Hoje dou graças a Deus todo poderoso, ao centro chinês de tratamento de Ebola e a todos os enfermeiros liberianos que trabalham lá", disse a mulher. 

Beatrice Yordoldo (sentada), última paciente confirmada com Ebola na Libéria, é liberada do tratamento Foto: Zoom Dessa/AFP

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Por outro lado, a Libéria não "registrou nenhum caso" novo de Ebola durante a semana que se encerrou no dia 1º de março, indicou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira, 4.

Yordoldo "é o último caso confirmado de Ebola no país", declarou o vice-ministro da Saúde Tolbert Nyenswah à imprensa. "Estamos há 13 dias sem nenhum novo caso. É um grande dia para a Libéria", disse. 

Cerca de 24 mil pessoas contraíram o vírus do Ebola desde dezembro de 2013, em sua maioria na Libéria, Guinea e Serra Leoa. No total, 9.807 morreram, segundo a OMS. Na Libéria, faleceram 4.117 pessoas entre as 9.249 infectadas por Ebola. Há apenas seis meses, registravam-se mais de 300 novos casos por semana. 

Durante o auge da epidemia no país, as infraestruturas sanitárias locais, destroçadas por anos de guerra civil, não conseguiam dar conta da grande demanda de doentes, que morreram nas ruas.

Um enorme esforço nacional e internacional ajudou a deter o avanço da epidemia. Das 45 amostras que se analisaram no país na semana passada, nenhum deu positivo, indicou a OMS, complementando que era a primeira vez que não havia nenhum novo caso desde 26 de maio do ano passado. 

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O comunicado da OMS é mais preocupante no que diz respeito à Guinea e Serra Leoa. Em Serra Leoa, que conta com o maior número de infectados (11.466), e registrou 3.546 falecimentos, houve 81 novas infecções confirmadas na semana passada, e 65 na semana anterior. A transmissão segue sendo importante no país, onde os novos casos foram registrados em oito distritos diferentes, com um aumento em Freetown, entre outros lugares. 

Na Guiné, que teve 3.219 casos e onde a doença causou a morte de 2.129 pessoas, 51 novos casos confirmados foram registrados na última semana indicando também um aumento importante em relação aos 35 da semana interior, segundo a OMS. 

Os líderes destes três países africanos mais afetados pela epidemia de Ebola pediram na última terça-feira à comunidade internacional um "plano Marshall" para ajudar a colocar um fim à pandemia e relançar suas economias.

"Precisamos da anulação da dívida e um plano Marshall, já que é como se estivéssemos saindo de uma guerra", afirmou o presidente da Guiné, Alpha Condé.

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