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Unifesp nega cancelamento de cirurgias de retina por falta de material

Direção do Hospital São Paulo afirma que possui insumos e que pacientes não serão encaminhados para outros serviços

Por Paula Felix
Atualização:

SÃO PAULO - A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) negou o cancelamento de cirurgias de retina por falta de material no Hospital São Paulo nesta quarta-feira, 28. A afirmação de que os procedimentos não seriam mais realizados foi dada pelo chefe do setor de retina da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, o oftalmologista Andre Maia.

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"A direção do Hospital São Paulo não considera, no momento, a hipótese de cancelamento das cirurgias oftalmológicas. O hospital disponibiliza o material necessário para as cirurgias diariamente. Nenhum paciente com indicação cirúrgica será encaminhado para outro serviço neste momento", disse, em nota, a instituição.

Segundo Maia, o setor tem capacidade para realizar 400 procedimentos por mês e o cancelamento teria como causa a falta de kits com materiais descartáveis para a realização da cirurgia. Cada um custa R$ 1.800.

Câmpus da Escola Paulista de Medicina, na Vila Clementino, zona sul da capital paulista Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Na noite desta terça, 27, o Estado solicitou informações para a Unifesp, mas a instituição não se manifestou. A resposta foi dada apenas no início da tarde de hoje. De acordo com a Unifesp, entre janeiro e 27 de outubro deste ano, foram realizadas 5.758 cirurgias oftalmológicas, das quais 1.926 foram de retina.

"O Hospital São Paulo é um hospital geral de alta complexidade que atende várias especialidades médicas que requerem insumos de alto custo tanto quanto o serviço de oftalmologia, além de atendimentos de urgências e emergência, mantendo assim o atendimento em todas as áreas", informa.

Repasses. O Hospital São Paulo é mantido, principalmente por repasses federais. Segundo o Ministério da Saúde, a verba está sendo encaminhada de forma regular por meio da Secretaria Estadual de Saúde. 

"Em março deste ano, a pasta publicou portaria assegurando adicional de R$ 12 milhões/ano para a unidade, equivalente a R$ 1 milhão por mês para procedimentos de média e alta complexidade, como cirurgias", disse o ministério.

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O órgão informou ainda que, neste mês, foram destinados R$ 4,8 milhões para a unidade por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf).

O Ministério da Saúde disse ainda que, em 2014, fez um repasse de R$ 157,9 milhões para a unidade, dos quais R$ 108,3 milhões foram destinados à realização de 3,4 milhões de procedimentos e R$ 49,6 milhões de incentivo à qualificação e ampliação da assistência.

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