A greve é um direito também dos médicos, segundo seu próprio código de ética, mas os setores de urgência e emergência devem manter o atendimento.
Caso haja realmente adesão da classe, são as cirurgias eletivas, aquelas que não são emergenciais, que deverão ser as mais prejudicadas a partir de amanhã. Se por um lado certamente os médicos merecem melhor remuneração, pois estudam seis anos no mínimo, desdobram-se em múltiplos empregos e têm responsabilidades maiores do que todos nós, os pacientes que esperaram meses por uma cirurgia de catarata poderão amanhã voltar para casa ainda sem ver.
Fabiane Leite é repórter da área de saúde desde 1999, dedicada principalmente à cobertura de temas de interesse da saúde pública e dos planos privados de saúde. Trabalhou no Jornal da Tarde, Folha Online, Folha de São Paulo e atualmente é repórter da seção Vida do jornal O Estado de São Paulo. Acredita que a saúde é o princípio básico para a felicidade.