SÃO PAULO - Um prédio ardendo em brasas no centro de São Paulo, em pleno horário de rush. Essa será a sensação de quem passar à noite pelo Elevado Presidente João Goulart, mais conhecido como Minhocão, até o próximo sábado, 4. A partir das 18 horas, a lateral de um prédio próximo à Fundação Nacional de Artes (Funarte), na Alameda Nothmann, exibe uma projeção mapeada de 30 segundos com alertas sobre o câncer de pulmão.
Organizada pelo Instituto Vencer o Câncer (IVOC) e pela Pfizer, a intervenção teve início nesta quarta-feira, 1º, data em que se celebra o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão. Agosto também é considerado o mês de conscientização sobre a doença.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de pulmão é o tipo de neoplasia que mais provoca mortes em todo o mundo. Em 2012, a doença matou 1,6 milhão de pacientes. No Brasil, cerca de 30 mil pessoas são diagnosticadas com esse tipo de câncer por ano e outras 24 mil morrem por causa do tumor, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
"Sabemos que o tabagismo é a principal causa da doença. E essa mensagem precisa ficar muito clara para a população, especialmente para as novas gerações, nas quais o hábito de fumar tem apresentado uma tendência de aumento", afirmou, em nota, o oncologista e fundador do IVOC, Fernando Maluf.
Além de alertar sobre os perigos do cigarro, a projeção aponta outros fatores relacionados ao câncer de pulmão, como as alterações genéticas, os agentes químicos e a própria poluição, um problema especialmente importante para quem vive nas proximidades do Minhocão.
Esses paulistanos respiram 79% de poluição a mais do que a média da cidade, segundo um relatório publicado em 2017 pelo Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
"O combate ao tabagismo e o controle da poluição se tornam ainda mais importantes diante de fatores que não podemos prevenir. Esse é o caso das alterações genéticas relacionadas ao câncer de pulmão, como as mutações ALK e ROS1", explicou, em nota, o diretor médico da Pfizer, Eurico Correia. "Vale lembrar também que estamos falando de uma doença agressiva, com elevadas taxas de mortalidade. Por isso, é fundamental trazer essa temática para o dia a dia da cidade e fazer o paulistano parar para refletir sobre esse assunto."
Serviço
Local: Lateral de prédio localizado na Alameda Nothmann, 1020 - Campos Elísios, São Paulo Data: de 1º a 4 de agosto Horário: das 18 horas à 0 hora