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Acesso a tratamento moderno para asma grave ainda é restrito

Apesar de ampla, cobertura de tratamentos pelo SUS ainda não atende todas as necessidades dos pacientes com asma grave

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Por GSK
Atualização:
3 min de leitura
Aprovação de novos medicamentos para asma grave ajudariam a reduzir "custos invisíveis" detratamento con corticoides 

Pacientes com asma grave costumam estar bastante familiarizados com uma lista extensa de medicamentos. Além do tratamento comum para a doença, vem junto toda a medicação para amenizar os efeitos colaterais, principalmente advindos do uso sistêmico de corticoides. “O corticoide é um medicamento que atua sim na cascata inflamatória da asma, só que pode ter uma série de eventos adversos associados a seu uso”, afirma João Carlos Elias Rio, gerente médico na GSK. 

Entre esses efeitos colaterais podem estar hipertensão, diabete tipo 2, osteoporose, glaucoma, catarata, entre outros. E o risco já aumenta em pessoas que usam os corticoides orais durante cinco dias, três vezes por ano, afirma João Rio. Portanto, muitos pacientes com asma grave, que representam cerca de 5 a 10% dos aproximadamente 20 milhões de acometidos pela doença no Brasil, podem se beneficiar de tratamentos mais modernos que ajudam a reduzir ou até a evitar o uso de corticoides sistêmicos, alerta o médico.

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O especialista lembra ainda que já há modelos de gestão que dão conta desse problema. No Espírito Santo, por exemplo, é disponibilizada - no sistema público - a terapia imunobiológica, que reduz o uso de corticoides e as internações e visitas à emergência. “É um modelo que poderia ser aplicado no País inteiro, levando em conta o mesmo racional”, afirma.

Cerca de 10% dos 20 milhões de brasileiros que sofrem de asma são acometidos pela asma grave

E não são apenas os pacientes que saem ganhando com a oferta de novas terapias. O sistema público também se beneficia ao evitar os chamados “custos invisíveis” do tratamento com corticoides. Norma Rubini, coordenadora da Comissão de Políticas de Saúde da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), explica que esses gastos deveriam ser levados em conta na aprovação de terapias mais modernas - e consequentemente mais caras. Além disso, há gastos públicos que extrapolam o sistema de saúde: aposentadorias precoces, faltas no trabalho, entre outros. 

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Costumamos colocar na balança só os custos das hospitalizações por medicamentos por asma. Mas o paciente pode hospitalizar por uma fratura de fêmur se tiver osteoporose, por uma crise hipertensiva grave.

Norma Rubini, Coordenadora da Comissão de Políticas de Saúde da Asbai

Para garantir um modelo nacional eficaz, Rubini e Rio são unânimes em afirmar que o primeiro passo é uma melhor gestão e integração dos dados sobre os pacientes. Por isso, entidades médicas, pacientes e organizações civis lutam pela incorporação de medicamentos mais modernos para a asma grave na saúde pública e no rol dos planos de saúde.

No sistema privado, ainda estão em andamento as solicitações de incorporação de três substâncias para o tratamento de asma grave. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é o órgão que analisa as solicitações para inclusão de novos medicamentos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde com cobertura obrigatória pelos planos. Para isso, faz “a análise de evidências científicas relativas à eficácia, à efetividade, à acurácia e à segurança da tecnologia, avaliação econômica e de impacto orçamentário, disponibilidade de rede prestadora, bem como a aprovação pelos conselhos profissionais quanto ao uso da tecnologia, dentre outros, de uma maneira robusta, imparcial, transparente e sistemática, de forma a permitir a tomada de decisão para incorporação ou não da tecnologia ao Rol”, informa a ANS. As análises técnicas de medicamentos propostos para o tratamento da asma grave devem ser feitas ainda no primeiro semestre de 2020, de acordo com o cronograma.

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A ANS destaca, ainda, que uma resolução de 2018 ampliou a participação popular na inclusão de medicamentos ao Rol. Agora, é possível que qualquer pessoa encaminhe uma proposta de atualização. Por isso, a participação dos pacientes é essencial, mas sempre com a atenção do poder público, defende Antoine Daher, presidente da casa Hunter, instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo garantir soluções públicas e sensibilidade do setor privado e sociedade em geral para os portadores de doenças raras. “As secretarias e o Ministério da Saúde têm que trabalhar junto com a sociedade civil organizada, com a sociedade médica, para entender mais sobre esses tratamentos e atender de uma forma rápida”, afirma.

NP-BR-ASU-PRSR-200001

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