RIO - O Hospital Estadual Anchieta, situado no Caju (zona portuária do Rio), foi elencado pelo governo do Estado do Rio como uma das unidades de referência no tratamento de pacientes de covid-19, com 75 leitos destinados a eles. Mas a entidade que o administra informou que, devido à falta de estrutura e materiais hospitalares, não pode receber novos pacientes. O documento foi divulgado pela TV Globo nesta terça-feira.
O Instituto Diva Alves do Brasil, que administra o hospital, enviou o comunicado ao Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), pedindo isenção de responsabilidade em caso de falta de atendimento médico na unidade. “Não iremos mais receber pacientes novos, em virtude da falta de insumos e material médico-hospitalar, e qualquer paciente novo que dê entrada na unidade irá morrer por falta de insumos que garantam a prestação de um serviço de saúde eficiente”, informou o comunicado, segundo a TV Globo.
"A presente notificação tem como medida garantir a isenção do Instituto Diva Alves do Brasil sobre qualquer responsabilização, seja cível ou criminal, por ausência de atendimento médico no Hospital Estadual Anchieta", dizia a nota. Segundo o documento enviado ao MP-RJ, novos pacientes só serão aceitos quando o governo do Estado enviar os recursos necessários. Mas a notificação não cita o valor que deve ser repassado pelo Estado ao hospital.
O documento foi assinado pelo presidente do Instituto Diva Alves do Brasil, Paulo Victor Albuquerque. A entidade informou já ter avisado a secretaria de Saúde do Estado.
Resposta. Questionado sobre a situação do hospital Anchieta durante entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (12), o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, disse que a pasta vai apresentar uma solução para o problema daqui a dois dias: “Em relação ao Anchieta, temos um conjunto de soluções que estão sendo preparadas para os próximos dois dias. Só não posso dizer amplamente o que é para não comprometer a segurança na unidade", afirmou.
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