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África do Sul avança no combate à Aids, desafios permanecem

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Por Redação
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A África do Sul, que abriga uma das piores epidemias de Aids, tem obtido avanços no combate ao vírus do HIV, mas o uso do preservativo ainda é insuficiente no país, disseram líderes do governo neste sábado. Um a cada nove sul-africanos é infectado pelo vírus, mas o o governo do presidente Thabo Mbeki tem sido acusado por críticos de não fazer o suficiente para conter a propagação da doença. A ministra da Saúde, Manto Tshbalala-Msimang, citou um estudo mostrando uma queda de infeção do vírus entre as mulheres grávidas --referência usada para medir a infecção na população como um todo. "O relatório de 2006 que mostra resultados do pré-natal, lançado este ano, apurou queda no predomínio do HIV entre as mulheres grávidas que usam o serviço de saúde pública", disse ela à agência de notícias SAPA. "Caiu para 29,1 por cento em 2006, comparado com 30,2 por cento em 2005...O índice de mulheres abaixo de 20 anos caiu de 15,9 por cento em 2005 para 13,7 por cento em 2006, sugerindo uma possível redução de novas infecções na população", disse a ministra em evento para comemorar o Dia Mundial de Combate à Aids, ao norte da província de Limpopo. Mbeki, que tem sido criticado por não assumir a responsabilidade de combate à Aids, incentivou os sul-africanos a usarem o preservativo. "O mais importante é que precisamos, todos nós, entender essa mensagem com muita seriedade, principalmente os nossos jovens", disse Mbeki na rádio pública SABC. O antecessor de Mbeki, Nelson Mandela, está à frente de um show com artistas famosos em Joanesburgo. São esperadas para atração deste sábado cerca de 50 mil pessoas, e os recursos levantados serão doados a instituições de caridade. O show terá participações como as dos cantores Peter Gabriel, Annie Lennox e Corinne Bailey Rae. O governo cedeu às pressões e lançou, em 2003, um programa para prolongar a vida do portador do vírus HIV. No entanto, ativistas têm se queixado que o programa está demorando para avançar, causando centenas de mortes por dia. Cerca de 700 mil portadores do HIV estão sem tratamento, principalmente aqueles que se encontram em regiões rurais, onde as clínicas estão lotadas com acúmulo de casos.

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