20 de julho de 2009 | 05h22
A África do sul começará uma série de provas clínicas para duas vacinas contra a Aids que seus pesquisadores desenvolvem em colaboração com especialistas dos Estados Unidos, informaram autoridades no domingo, 19.
Quase 250 cientistas e técnicos vão trabalhar no projeto. O governo considerou que era importante desenvolver uma vacina específica para a cepa C do HIV que é a mais recorrente na África "e para assegurar que uma vez realizada, esteja disponível e com um preço acessível", disse Anthony Mbewu, presidente do Conselho de Investigação Médica.
"Temos o maior problema no mundo", disse Mbewu no marco de uma conferência internacional sobre Aids na Cidade do Cabo. "Todos os países em desenvolvimento o estão tentando, todos querem desenvolver sua própria capacidade para desenvolver e produzir vacinas, Brasil, Coreia", disse Mbewu.
Os testes para conhecer a segurança das vacinas em humanos vão começar este mês com 36 voluntários, disse Mbewu, o qual preside a organização que dirige o projeto.
Durante quase 10 anos de negligência, a África do Sul entrou em uma verdadeira crise por causa da Aids. Quase 5,2 milhões de sul-africanos estavam com o vírus no ano passado. As mulheres jovens são as principais vítimas, um terço das sul-africanas entre 20 e 34 anos estão infectadas.
Em 1999, os ministérios da saúde, ciência e tecnologia puseram em ação uma iniciativa para uma vacina e utilizaram quase 250 milhões de dólares em cerca de 10 anos. Ainda que os sul-africanos sejam os primeiros a alcançar a etapa clínica, vão ser necessários anos de testes.
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