Africanos e índios americanos têm mais chances de transmitir malária

Pessoas que sofrem alterações genéticas em sua hemoglobina ficam mais propensas

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Por Redação
Atualização:

As pessoas com hemoglobina de tipo C ou S, como os africanos e índios americanos, têm mais chances de transmitir o parasita que produz a malária aos mosquitos que as picam, constata um estudo publicado esta semana pela revista científica Nature Genetics.

 

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A malária é uma doença causada por um parasita que se transmite através da picada do mosquito anófele.

 

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Uma equipe da Universidade La Sapienza de Roma, liderada por David Modiano, comprovou que as pessoas que sofrem alterações genéticas em sua hemoglobina, passando a ter hemoglobina de tipo C (HbC) ou S (HbS), são mais propensas a transmitir a doença aos mosquitos.

 

Para chegar a essa conclusão, os cientistas realizaram exames em cerca de 4 mil pessoas nas áreas rurais do oeste da África e observaram níveis mais altos de parasitas infecciosos em portadores da variante genética HbC.

 

A equipe realizou outro experimento no qual usaram mais de 6 mil mosquitos que receberam alimentos sanguíneos controlados pelos pesquisadores. Desse modo, os cientistas observaram que a transmissão da malária do sangue humano para os mosquitos é mais provável quando os indivíduos têm a variante genética HbC.

 

As pessoas com HbC e HbS (este último mais habitual entre afro-americanos e ameríndios) estão protegidas de forma natural frente à malária. No entanto, segundo esse estudo, essas pessoas seriam transmissores mais propensos da doença do que aquelas que não apresentam essas variantes genéticas na hemoglobina.

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