CONTEÚDO PATROCINADO

Afya investe em inovação para agregar estudantes, médicos e indústria da saúde

Empresa oferece soluções digitais e aposta em formação, tecnologia e impacto social para transformar a medicina do País

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Por Afya
Atualização:
13 min de leitura
Divulgação 

Dona de um modelo de negócio inovador e pioneiro, o maior ecossistema de educação em saúde e healthtechs do Brasil, a Afya vem ampliando rapidamente o portfólio das soluções digitais oferecidas aos médicos. Realiza, assim, a missão de estar ao lado desses profissionais em todos os momentos da carreira, prestando apoio diante de cada desafio que essa jornada envolve – formação, especialização, atualização, gestão do consultório, atendimento, relacionamento com os pacientes e com a indústria de saúde: farmacêuticas, hospitais e operadores de Planos de Saúde.

Nascida no Brasil, a partir de uma faculdade de Medicina em Tocantins que deu origem a uma rede de 28 instituições de ensino, a Afya abriu capital em 2019 na Nasdaq. Desde então, passou a investir fortemente também em serviços digitais, tanto com desenvolvimento próprio quanto com aquisições. No ano passado, recebeu um investimento de R$ 822 milhões do SoftBank e tem hoje como seu maior acionista o grupo alemão Bertelsmann. Conheça mais sobre a empresa e seus planos de crescimento nas entrevistas com dois de seus principais executivos.

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Lélio Souza, VP de Inovação e Serviços Digitais 
A Afya passou a atuar fortemente em serviços digitais, processo que incluiu a aquisição de 11 healthtechs

Lélio Souza, VP de Inovação e Serviços Digitais

Por que um grupo educacional da área médica, com mais de 20 anos de atuação, passou recentemente a investir também em soluções digitais de saúde?

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Quando se fala em formação de médicos, a Afya é líder no Brasil, com uma estrutura muito sólida. São 23 instituições de ensino superior com oferta do curso de Medicina, totalizando quase 2,8 mil vagas em 13 Estados, além de unidades de pós-graduação em 11 capitais.

Na sua jornada de crescimento, a Afya ampliou a sua visão de negócios buscando oferecer serviços para atender os médicos não somente durante a graduação ou a especialização formal, mas ao longo de toda a trajetória profissional. Essa visão é fruto de um exercício da organização de buscar diferenciação e ampliar o relacionamento com a categoria. Mesmo porque estamos falando de uma das profissões que mais exigem a busca por conhecimento e atualização.

Após a graduação, há momentos em que os médicos buscam conhecimentos de forma mais estruturada, por meio dos cursos de especialização ou pós, mas a necessidade de aprimoramento é permanente. Considerando que, hoje, muitas dessas necessidades podem ser supridas com recursos tecnológicos, a Afya passou a estruturar formas de preencher essas lacunas, por meio da forte atuação em serviços, sobretudo digitais, que os médicos podem utilizar no dia a dia. Iniciado em 2020, esse processo já envolveu a aquisição de 11 healthtechs, três delas em 2022. Além do apoio ao aprimoramento profissional, essas aquisições impulsionaram a ampliação do nosso portfólio com soluções de Suporte à Tomada de Decisão Clínica, Portal de Atualização Médica, Prontuário Eletrônico e Gestão de Clínicas e Consultórios, Prescrição Eletrônica, Telemedicina, e suporte ao relacionamento Médico & Paciente, sobretudo no tratamento de doenças crônicas. Esse ecossistema de médicos altamente engajados no uso destas soluções de apoio à prática médica, viabilizam a oferta também de soluções para o relacionamento destes médicos com a indústria de saúde, para distribuição de conteúdo, amostras, geração de inteligência e eficiência.

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Começamos com serviços mais próximos da graduação, como o preparatório para residência médica, com bastante tecnologia embarcada. A residência é um momento muito importante na trajetória do médico, logo depois da graduação, em que ele vai buscar uma primeira especialização na forma de residência, um processo altamente concorrido. Então, existe esse mercado, no Brasil, de preparatório para residência médica.

Na mais recente aquisição, trouxemos para o nosso portfólio a Glic, desenvolvedora de um aplicativo de acompanhamento do diabetes. Outras iniciativas certamente virão com o objetivo de apoiar os médicos na missão de melhorar a qualidade de vida dos pacientes que têm doenças crônicas.

Fazendo isso, além de cumprir a missão de estar ao lado dos médicos em todos os momentos, contribuímos também para desonerar o sistema de saúde, reduzir ineficiências e transformar a cadeia de valor do setor. Temos esse propósito, essa ambição de ajudar a mudar o foco, da doença, que é o que a gente vive hoje, para a saúde.

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A entrada da empresa em serviços digitais se deu há exatos dois anos, em plena pandemia no Brasil. Qual a relação entre os dois fatos?

A visão de futuro da empresa já estava construída, mas certamente foi acelerada pela pandemia, acontecimento que tornou urgente a necessidade de introdução de soluções tecnológicas para o ensino e o exercício da medicina. Foi um grande catalisador da necessidade da execução dessa visão.

Processos que iriam ocorrer de qualquer forma foram antecipados por força das circunstâncias. A pandemia contribuiu para que encurtássemos muito o tempo para colocar uma série de novidades no mercado. Basta lembrar que os atendimentos por telemedicina, que até então não eram autorizados no Brasil, tornaram-se, em muitos casos, a principal alternativa de contato entre médicos e pacientes durante o período de confinamento. Houve uma aceleração muito grande do entendimento da necessidade de introdução dessas tecnologias na prática médica, algo que permanecerá e evoluirá depois da pandemia.

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A Afya entendeu que, para preparar o médico para esse novo contexto, seria preciso incluir soluções digitais no seu ensino, durante a graduação, e daí para a frente em toda a jornada do médico. E começou-se então uma aceleração dessa visão, por meio de aquisições.

A gente buscou os melhores ativos no mercado para dores definidas na jornada do médico. Queríamos soluções em educação médica continuada. Trouxemos, por exemplo, o Medical Harbour, que tem um bioatlas 3D para médicos e estudantes de medicina, e a plataforma Além da Medicina, com conteúdo de suporte à educação médica. Adquirimos também a CardioPapers, líder no mercado de preparação para títulos de especialização em cardiologia e outras áreas. Temos também a PEBMED, portal de conteúdo de atualização médica e tomada de decisão clínica. Uma das ferramentas é o Whitebook, que ajuda o profissional a ter mais segurança e objetividade nas tomadas de decisão. Hoje, quase 80% dos médicos com menos de cinco anos de formados usam essa solução no suporte às tomadas de decisão em prontos-socorros. A Afya conta ainda com outras soluções de destaque, como iClinic, líder em Prontuário Eletrônico e Gestão de Consultórios Médicos no País.

Um aspecto central dessa estratégia é ajudar o médico a administrar o seu ativo mais importante, que é o tempo. As nossas soluções digitais certamente contribuem muito para isso, como a solução de prontuário eletrônico e de gestão de clínica médica. Somos líderes desse mercado, com soluções como iClinic e Shosp. Fizemos também a aquisição de uma solução para serviços financeiros para o médico, a Medicinae.

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Além de todas essas movimentações, desenvolvemos internamente soluções de telemedicina, pilar que visa atender a gestão de consultório e clínicas médicas, sobretudo fora dos hospitais.

Temos também soluções que proporcionam um melhor suporte ao relacionamento médico-paciente. Por meio da Cliquefarma, uma das nossas aquisições, o paciente consegue buscar o melhor custo do cesto de medicamentos prescritos e fazer a compra por meio de marketplace.

Esse conjunto descrito é também um grande viabilizador para criar soluções digitais inovadoras no relacionamento do médico com a indústria de saúde. Fizemos a aquisição da plataforma RX PRO, um canal interativo de comunicação entre a indústria farmacêutica e os médicos, que inova na forma de distribuição de amostras grátis, das farmacêuticas para os médicos. O médico é empoderado nesse relacionamento – onde o médico quer receber, de quem quer receber – e o processo se torna muito mais eficiente, também, para a indústria farmacêutica.

Geralmente o representante farmacêutico, que é um ator super importante, tem baixa ou nenhuma visibilidade da agenda do médico, então ele vai, ocupa a cadeira do paciente, toma o café do paciente, e entre uma consulta e outra ele tem pouco tempo para distribuir conteúdo educacional para o médico. Como a gente está muito presente no dia a dia, na agenda do médico, a gente sabe qual é o melhor horário, qual o melhor formato, se é uma visita presencial, ou virtual, se é apenas uma questão de enviar virtualmente conteúdo educativo, se é só enviar a amostra – a gente faz a operação logística de envio dessa amostra ao médico. Enfim, todo esse processo se torna mais eficiente tanto para o médico quanto para as farmacêuticas e para os representantes.

A variedade dos exemplos que você nos deu demonstra uma atuação muito diversificada da Afya. Quais são os critérios para definir os limites de atuação da empresa?

Temos sido muito consistentes e fiéis à nossa visão. Lá atrás, a gente já tinha definido seis pilares de investimentos e de aquisições de soluções: tecnologia para educação médica, atualização médica e suporte à tomada de decisão clínica, gestão de clínicas e consultórios médicos, telemedicina, prescrição eletrônica e relacionamento médico-paciente.

Nesse sexto pilar, há a tese, já desde o início, de focar no problema da aderência ao tratamento de doenças crônicas. Se a gente conseguir melhorar essa aderência, a gente ajuda a cadeia de valor da saúde como um todo. Ajudo o médico a ter um melhor relacionamento com seu paciente, ajudo o paciente a ter uma qualidade de vida melhor, ajudo as seguradoras e operadoras de saúde, e o sistema público de saúde, a evitar que essa doença chegue na fase aguda e represente muito custo. Lá atrás, a gente já tinha decidido priorizar doenças crônicas de maior representatividade, como diabetes e hipertensão.

Todas as nossas ações vêm sendo baseadas nessa visão. Temos perseguido oportunidades de ativos líderes de mercado e de alta qualidade. Acho que fomos muito felizes nas aquisições que já conseguimos fazer, porque conseguimos endereçar todas essas dores do médico – aliás, não apenas por aquisições, mas também por desenvolvimento próprio.

Entendendo melhor como funcionam os mecanismos de contratação dos serviços oferecidos pela Afya: os principais clientes são médicos, individualmente, ou estabelecimentos que reúnem grupos de médicos? E esses serviços estão agrupados de alguma forma numa espécie de marketplace?

Os clientes são diretamente os médicos, na maior parte das vezes. A gente é muito nessa relação direta com o médico. Obviamente temos clínicas, que são estabelecimentos multimédicos, que podem contratar alguns serviços, mas as soluções são todas pensadas physician centered, ou seja, centradas no médico. A relação é com ele, ao longo de toda a jornada profissional, independente do local de trabalho do momento. Normalmente, logo que o médico se forma, ele é plantonista, está nos hospitais, prestando um trabalho para uma instituição maior, para aprender. Depois, muito naturalmente, ele vai se juntar a uma clínica, tornando-se parte de uma equipe com vários médicos. Provavelmente, depois ele vai ter um consultório particular. E a gente estará por perto em todas essas fases da jornada dele, endereçando as dores dele. Inclusive as soluções que a gente desenha para a indústria de saúde são pensadas para a geração de valor para os médicos, também.

Com relação às formas como os serviços podem ser contratados, a gente está num exercício forte de execução dessa visão, com todas essas empresas sob o guarda-chuva de serviços digitais, e pensando na melhor geração de valor possível para o médico. Como são soluções que estão em momentos diferentes da vida do médico, ainda não formamos um marketplace, para contratação única, mas a gente começa a gerar valor de integração de soluções para o médico.

Dando um exemplo: a gente embedou o PEBMED, portal de atualização médica, no iClinic. Então, o usuário do iClinic que porventura não usava o portal PEBMED passa a ter um canal, sem nenhum custo adicional, chamado Medicina em Pauta, dentro da sua ferramenta de consultório. Então, a gente vai enriquecendo a experiência do médico. A maioria dessas soluções são modelos de assinatura. Há exceções como os cursos, em que, na maioria das vezes, o cliente compra especificamente o conteúdo do curso.

O negócio de soluções digitais pode se tornar maior que as escolas de medicina?

É difícil afirmar isso, porque é muito recente a criação desse ecossistema. A gente diz que estamos criando uma Afya dentro da Afya. Em 2020, a gente faturava R$ 1,2 bilhão e a nossa ambição com as soluções digitais é chegar a R$ 1,2 bilhão até 2028. Esse é o guidance que a gente solta para o mercado. O quanto isso vai representar dentro da Afya é um pouco difícil de prever, porque o negócio educação também cresce. É um mercado regulado, mas a Afya tem tido bastante êxito no crescimento do negócio educação.

Nossas soluções digitais já estão sendo usados por 260 mil clientes, o que equivale a um terço dos médicos e estudantes de medicina do País. Em número absoluto, é um número bem maior que o de estudantes que estão cursando medicina. A ideia é ampliar o nível de relacionamento com esses clientes já conquistados e chegar também aos outros dois terços. Já a expectativa em relação ao segmento de graduação é subir dos atuais 9% de market share de vagas privadas de medicina para 15% em 2028, por meio de crescimento orgânico e inorgânico.

Dr. Flavio Carvalho, VP de Operações da Afya 
Precisamos de novas políticas públicas e de investimentos da iniciativa privada que contribuam para a fixação do médico no interior

Dr. Flavio Carvalho, VP de Operações da Afya

O que mudou na formação do médico nas últimas décadas e, em especial, com a pandemia?

Ela segue centrada na formação generalista, tendo atenção básica e estruturas hospitalares como alicerces, e o paciente e a prática clínica, insubstituíveis. Porém, assim como a prática médica evoluiu com o uso de novas tecnologias, equipamentos e robôs, o ensino médico também se transformou. Nossos laboratórios, por exemplo, já contam com simulação realística, que permite ao aluno treinar em ambiente controlado antes de partir para a prática com o paciente. Também investimos em metodologias ativas de ensino, colocando o aluno no centro do processo de aprendizagem. O objetivo é que ele tenha um conhecimento mais sólido e chegue às melhores hipóteses diagnósticas de forma mais rápida e precisa. Mas também é imprescindível ao médico dos dias de hoje os chamados soft skills, especialmente a formação ética da profissão, a habilidade de saber trabalhar em equipe e o desenvolvimento de liderança, proatividade e positividade em momentos de caos.

Como se comporta a demografia médica no Brasil?

O Brasil é segundo país em número de faculdades de medicina (381), perdendo apenas para a Índia. A grande maioria das escolas médicas está localizada no interior, porém 55% dos médicos moram nas capitais, que concentram 23% da população brasileira.

A grande expansão de vagas nos cursos de medicina na última década, na nossa projeção, resultará na formação de aproximadamente 50 mil médicos por ano. Tendo em vista que existem no país diversas faculdades de medicina ainda maturando, isso é, sem ainda integralizar os seis anos do curso, com a maturação das vagas já autorizadas e em funcionamento, o Brasil atingirá, em 2028, a proporção de 3,5 médicos para 1.000 habitantes, razão essa apresentada pela média dos países que compõem a OCDE. Pelas nossas projeções, com as vagas de Medicina já autorizadas, o Brasil estará, em 10 anos, entre os cinco países com maior número de médicos por habitante, podendo assumir a liderança do ranking mundial em 2040, hoje liderado pela Grécia, com 6,1 médicos por 1.000 habitantes. A conclusão, portanto, é que o grande problema do país não é falta de médicos, mas a má distribuição deles pelo país.

Estudos recentes mostram que 60% dos médicos formados migram para outros estados após a formatura, em busca de especialização médica de qualidade e serviços com infraestrutura que possibilitem o desenvolvimento integral de suas atividades. Devido ao grande número de formandos, os programas de Residência Médica não conseguem atender a demanda e as necessidades da nova geração de médicos. Precisamos de novas políticas públicas e de investimentos da iniciativa privada visando à fixação do médico no interior. Isso se traduz em melhores estruturas hospitalares, uso de tecnologia de ponta, plano de carreira, acesso a programas de especialização, pós-graduação e residência médica, por exemplo.

Como resolver o apagão de especialistas no país?

Há uma discrepância enorme entre o número de médicos que se formam todos anos e o total de vagas de residência médica ofertado. Além disso, há um interesse maior por umas especialidades, que se tornam muito disputadas, enquanto em outras sobram vagas de residência. Se pensarmos nos extremos do país, carentes de especialistas e também de boa infraestrutura hospitalar, a distorção é ainda maior.

Neste sentido, a Afya vem investindo em programas de especialização e pós-graduações. Na nossa avaliação, dada a incapacidade de programas de residência médica governamentais abarcarem o contingente de médicos que se formam, acreditamos que os programas privados podem assumir a especialização destes profissionais. Da nossa parte, temos construído programas em parceria com secretarias estaduais de saúde, marcas do setor, como Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Fundação do Câncer, Colégio Brasileiro de Cirurgiões e UnitedHealth Group, além de médicos renomados, para entregar uma formação com a mesma qualidade da residência. Ou seja, o papel das pós-graduações do setor privado é decisivo na transformação deste cenário atual, que tende a agudizar nos próximos anos. Temos a agilidade necessária para ir atrás dos recursos tecnológicos que acompanham a necessidade da sociedade e a adaptabilidade nas diferentes regiões do país.

Quais são as especialidades que estão em alta e quais os brasileiros mais vão precisar nos próximos anos?

Temos estudado profundamente este tema e já conseguimos realizar aferições. Nutrologia é um exemplo, dado que a população está mais atenta ao envelhecimento com qualidade. Psiquiatria também, pois a saúde mental é um tema urgente para a sociedade. Oncologia e Geriatria se enquadram neste mesmo contexto. Destaque ainda para especialidades ligadas ao tratamento da dor e cuidados paliativos, além de medicina genômica, medicina do estilo de vida e climatério. A medicina de emergência também está em ascensão – em especial para eventos cardiológicos e traumas. Mas, claro, formações clássicas, como Pediatria e Oftalmologia, têm demandas crescentes.

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