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Agência reguladora da UE endossa vacina de Oxford após investigação de segurança

Agência Europeia de Medicamentos, no entanto, atualizará sua diretriz para incluir uma explicação sobre os riscos em potencial para médicos e o público; uma das vacinas utilizadas no Brasil, o imunizante é uma das apostas do País

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Por Redação
Atualização:

A agência reguladora de medicamentos da União Europeia disse nesta quinta-feira, 18, que continua convencida de que os benefícios da vacina contra covid-19 da AstraZeneca/Oxford superam os riscos após uma investigação de relatos de problemas sanguíneos que levaram mais de uma dúzia de nações a suspenderem seu uso. Uma das vacinas utilizadas no País junto à Coronavac, o imunizante é uma das apostas do Brasil.

A informação foi divulgada enquanto a diretora da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Emer Cooke, disse que a entidade não pôde descartar de forma definitiva uma ligação entre ocorrências de coágulos sanguíneos e a vacina em sua investigação de 30 casos de um problema raro de coagulação sanguínea.

Vacinas da AstraZeneca armazenadas em Roma com aviso de 'não tocar' Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

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A agência, no entanto, atualizará sua diretriz para incluir uma explicação sobre os riscos em potencial para médicos e para o público, disse ela.

A agência sofre uma pressão crescente para esclarecer preocupações de segurança desde o surgimento de um número pequeno de relatos sobre sangramentos, coágulos sanguíneos e contagem baixa de plaquetas em pessoas que receberam a vacina nas últimas semanas.

A análise de 5 milhões de pessoas da agência incluiu 30 casos de problemas sanguíneos raros em moradores do Espaço Econômico Europeu (EEE), que conecta 30 países da Europa.

O foco e a preocupação principal da EMA são casos de coágulos sanguíneos na cabeça, um problema raro e difícil de tratar chamado trombose venosa cerebral (TVC) ou uma subforma conhecida como trombose dos seios venosos (CVST). Mais de 45 milhões de doses das vacinas já foram administradas na EEE.

Em resposta ao anúncio da EMA, chefe das pesquisas da vacina de Oxford, Andrew Pollard, disse que são bem-vindas as notícias que reiteram que os benefícios da vacina de Oxford continuam a superar quaisquer riscos potenciais e que a vacina deve continuar a ser administrada.

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“Milhares de casos de covid-19 estão ocorrendo na Europa todos os dias, a taxa de covid está aumentando em muitos países do continente e a vacinação continua sendo um componente central de nossa luta contra a pandemia. É importante que os órgãos de saúde pública monitorem a implantação da vacina e a segurança deve ser primordial com qualquer novo medicamento. É importante ressaltar que os dados do mundo real mostram o claro impacto da vacina na saúde pública - com muito menos casos e hospitalizações pelo coronavírus nos lugares em que as pessoas foram vacinadas", disse. /REUTERS

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