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Alckmin defende lei que proíbe jaleco fora do hospital

Por Álvaro Campos
Atualização:

Foi publicada ontem no Diário Oficial do Estado de São Paulo a lei que proíbe o uso de jaleco ou avental fora do local de trabalho. O objetivo é impedir que o vestuário seja fonte e veículo de transmissão de micro-organismos. Hoje, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSBD), rebateu críticas feitas à legislação. "Houve uma crítica dizendo que o importante é lavar as mãos. Isso é verdade. Mas além de lavar as mãos, toda a lógica do avental é preservar a saúde do paciente", argumentou.Médico com pós-graduação em anestesiologia, Alckmin afirmou que o jaleco protege o paciente, o profissional de saúde e a população em geral. "Preserva o paciente, já que o profissional de saúde que vem da rua traz micróbios e bactérias; preserva também o próprio profissional de saúde, que tem contato com o paciente; e preserva o conjunto da população. Não tem sentido alguém com jaleco, que está lá no laboratório, fazendo uma pequena cirurgia, lancetando uma ferida purulenta, e depois vai para um restaurante almoçar (com o jaleco)", comentou.Em caso de descumprimento, a lei estipula multa de dez Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), ou seja, R$ 174,50 atualmente. Mas as formas de fiscalização e aplicação da multa ainda não estão definidas. Segundo a Secretaria de Saúde, também não foi estabelecido um prazo para que isso ocorra. Hoje, Alckmin disse que o governo do Estado vai procurar regulamentar a lei ouvindo as entidades de profissionais de saúde.Segurança. Alckmin afirmou que na semana que vem deve ser anunciada a abertura de um concurso para agente de escolta, cargo que o governo do Estado pretende criar para substituir policiais militares que atualmente trabalham na escolta de presos. Segundo o governador, a Secretaria de Administração Penitenciária está levantado o número exato de agentes necessários. "Vamos fechar esse número na semana que vem."O governador lembrou que já adotou medida semelhante antes, quando criou os cargos de agente de vigilância penitenciária. "Tínhamos 4 mil policiais militares fazendo guarda de muralha. Hoje não tem mais nenhum. Alguns diziam que não ia dar certo, que era melhor deixar a PM. Mas pelo contrário, reduziu as fugas", comentou. "Agora temos muitos policiais fazendo escolta. Nós queremos de novo esses policiais militares na rua, protegendo a população."

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