
10 de janeiro de 2011 | 21h27
BRASÍLIA - O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, quer desenvolver um "grande programa de previsão de catástrofes naturais". Segundo ele, mais de 60% dos desastres naturais do País hoje são enchentes e desmoronamentos de encostas. "Estimamos aproximadamente 500 áreas de risco e mais ou menos 5 milhões de pessoas expostas", afirmou nesta segunda-feira, 10.
Mercadante visitou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), e avaliou que a aquisição de um supercomputador para o Inpe, que já está em funcionamento, será fundamental para o programa.
"O georreferenciamento de áreas de risco e uma previsão meteorológica que tenha maior capacidade de se antecipar aos fenômenos vão permitir que a gente tenha, com a Defesa Civil e o apoio das Forças Armadas, condições de prevenir desastres naturais", destacou.
O ministro lembrou das enchentes que atingiram duramente Santa Catarina e o Rio de Janeiro no ano passado e que agora caem sobre Minas Gerais. "Precisamos nos preparar para esse cenário", disse.
Medidas fiscais
Mercadante também defendeu que produtos que contribuam para o meio ambiente ou reduzam as emissões de gases estufa recebam incentivos fiscais no Brasil.
Como exemplo, ele citou um plástico feito pela Brasken com matéria-prima de etanol. "O custo desse plástico ainda é mais elevado que o comum, e hoje não existe nenhuma medida fiscal que estimule a produção desse produto", explicou. Segundo o ministro, esse incentivo ajudaria também a reduzir o déficit comercial do País com a importação de nafta (derivado do petróleo).
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