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Alta energia detectada na Nebulosa do Caranguejo desafia modelos da Física

O pulsar da Nebulosa do Caranguejo é o vestígio da explosão de uma supernova registrada na Terra em 1054

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Por Redação
Atualização:

 

WASHINGTON - A Nebulosa do Caranguejo agitou a comunidade científica após a descoberta de que a energia que emana de seu interior é muito maior que a calculada até agora, questionando os modelos teóricos da Física, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science.

 

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Uma equipe internacional de cientistas do departamento de Física da Universidade de Washington, na cidade americana de Saint Louis, detectou que a intensidade de raios gama emitida pelo pulsar (estrela de nêutrons) do coração da nebulosa é muito superior à que os modelos teóricos comuns podem explicar.

 

Os cientistas, que utilizaram os dados obtidos pelos potentes telescópios que formam o complexo de observação Veritas, situado no Arizona, detectaram que a estrela de nêutrons tem energia superior a 100 bilhões de elétrons-volt (GeV).

 

Este número é muito superior aos 25 bilhões de elétrons-volt que até agora era o máximo de energia detectado pelo Veritas.

 

Os telescópios utilizam grandes espelhos e câmeras ultra-rápidas para detectar os brevíssimos brilhos de luz azulada (luz Cherenkov) produzidos pelas cascatas de partículas subatômicas geradas na interação dos raios gama de energia muito alta com a atmosfera.

 

"Estamos diante de algumas forças extremas e estas observações mostram que nossas teorias não encaixam e que sabemos menos sobre os pulsares do que pensávamos", indica Henric Krawczynski, astrofísico e um dos autores do estudo.

 

O pulsar da Nebulosa do Caranguejo é o vestígio da explosão de uma supernova registrada na Terra em 1054.

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