PUBLICIDADE

Amazonas abre leitos de covid-19 e cogita novo hospital de campanha

Medida é motivada pelo aumento da média diária de hospitalizações e mortes pelo novo coronavírus no Estado. Unidade provisória pode ser montada caso a taxa permaneça crescente

Por Bruno Tadeu
Atualização:

MANAUS - O governo do Amazonas abriu 42 novos leitos de UTI para tratamento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e covid-19 nos primeiros 15 dias de novembro. A medida é motivada pelo aumento da média diária de hospitalizações e mortes pelo novo coronavírus. A região também vive uma antecipação da estação das chuvas, o que costuma ocasionar complicações e síndromes respiratórias.

Foram 30 novos leitos de UTI no hospital de referência Delphina Aziz e mais 12 em outras unidades. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, as aberturas obedecem à primeira fase de um plano de ampliação. Na ocasião, os pacientes com sequelas do novo coronavírus que recebiam atendimento específico no Delphina foram transferidos para unidades de retaguarda.

Estado viveu pico intenso da doença no fim do primeiro semestre deste ano Foto: REUTERS/Bruno Kelly

PUBLICIDADE

Após um setembro estável em número de hospitalizações, com média de internações oscilando em aproximadamente 15 por dia, o mês de outubro apontou tendência de alta a partir da primeira quinzena, o que se mantém até a metade de novembro. São cerca de 31 entradas de pacientes com covid-19 em hospitais por dia neste mês, o dobro do período com menor índice desde o início da pandemia.

O ressurgimento de pessoas com sintomas da doença também é perceptível nas unidades de Serviço de Pronto-Atendimento (SPA). Segundo relatos de um profissional da unidade do bairro Alvorada, um dos símbolos do colapso do sistema de saúde local em abril, é crescente o número de pacientes com sintomas e sequelas, com eventual lotação dos leitos e óbitos.

Em uma terceira fase do plano de ampliação de leitos, o governo tem como perspectiva a montagem de um hospital de campanha, caso a taxa de ocupação permaneça crescente. Em julho, o Hospital Nilton Lins foi desmobilizado após a queda de casos da doença. O local ficou aberto por 90 dias para o atendimento aos doentes em estado mais crítico. Em boletim divulgado pela Fundação de Vigilância Sanitária (FVS) nesta terça-feira, 17, foram confirmados o total de 170.458 casos de covid-19 no Amazonas, com 4.723 óbitos. Entre os ativos, há 366 pacientes internados, sendo 207 em leitos clínicos e 157 em UTI.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.