
30 de julho de 2009 | 08h24
A América Latina é a região mais atingida pela gripe suína, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A região tem o maior número de contaminações e mortes. Cerca de dois terços dos 816 óbitos em decorrência da gripe confirmados no mundo aconteceram na América Latina.
A Argentina tem a maior quantidade de mortes na região, com 165 casos registrados. Em relação ao resto do mundo, o país só fica atrás dos Estados Unidos. Os demais países que encabeçam a lista latino-americana são México (138 mortes), Chile (79), Brasil (56) e Peru e Uruguai (ambos com 23).
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Acredita-se que estes números podem ser ainda maiores, já que outras mortes ainda estão sendo investigadas e podem ter sido provocadas pela gripe suína. A pandemia afeta especialmente as pessoas que estão no hemisfério Sul, que está no inverno. A estação fria facilita a propagação do vírus.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, convocou uma reunião com o tema "lições aprendidas com a influenza do tipo A/H1N1", para monitorar "com muito cuidado" a evolução da gripe no hemisfério sul.
Os governos latino-americanos manifestaram preocupação com os primeiros lotes da vacina que se espera que esteja disponível a partir de setembro já que países europeus e os Estados Unidos estão reservando antecipadamente grande parte dos lotes.
A OMS advertiu que as multinacionais farmacêuticas dispõem de apenas 150 milhões de doses para os países em desenvolvimento, o que seria insuficiente.
O governo argentino lançou sua própria pesquisa para descobrir uma vacina contra a gripe. E, há poucos dias, os países do Mercosul pediram que se libere as patentes de vacinas e outros remédios.
Os países da América Latina já tomaram várias medidas para conter o vírus, incluindo a compra do medicamento Tamiflu, o fechamento de escolas, a mudança de férias escolares de inverno e a suspensão de atos públicos.
Mas em alguns países, nada parece conter o temor provocado pela pandemia. Na Argentina, por exemplo, estoques de máscaras e álcool esgotaram-se em poucos dias.
No Brasil, estima-se que milhões de alunos tiveram as aulas suspensas no segundo semestre. O adiamento da volta às aulas depois das férias de inverno foi determinado em escolas municipais, estaduais e federais, desde o ensino básico ao superior.
No Rio de Janeiro, as autoridades informaram que 55 mulheres grávidas foram internadas com suspeitas de gripe suína. Mulheres grávidas e crianças de até cinco anos são considerados parte do grupo de risco.
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