30 de maio de 2012 | 13h28
Cienstistas americanos divulgaram o maior banco de dados de material genético de câncer infantil da história para estimular a pesquisa em torno do tratamento das doenças.
O Projeto Genoma de Cânceres Pediátricos mapeou todo o DNA de 260 pacientes. Ao encontrar diferenças entre cada uma das células saudáveis e cancerígenas, os cientistas apontaram causas de alguns dos mais fatais tumores. Eles acreditam que seu trabalho vai ajudar outros pesquisadores a chegar a novas descobertas para combater a doença.
O projeto é uma colaboração iniciada em 2010 pelo Hospital de Pesquisas Pediátricas de St Jude e pela Universidade de Medicina de Washington, que também recebem apoio de investidores privados, e deu início a uma nova onda de descobertas. O trabalho, publicado no jornal Nature Genetics, já revelou um novo tipo de tratamento para o retinoblastoma, um tipo raro de câncer ocular, por exemplo.
Richard Wilson, chefe do Instituto Genoma da Universidade de Washington, disse que foram indentificados "mudanças pouco usuais em vários pacientes, células canceígenas que não seriam encontradas com outros métodos". "Estamos felizes de poder compartilhar esses dados com a comunidade científica na esperança de que descobertas sejam feitas a partir do nosso trabalho", completou.
Josephine Querido, do Instituto do Câncer da Grã-Bretanha, afirmou que o projeto pe "extremamente importante". "Esse trabalho acerca de cânceres em crianças é parte de um esforço global para catalogar as falhas genéticas que fazem os tumores se desenvolverem", concluiu.
As informações catalogadas pelos pesquisadores podem ser acessadas no site do Arquivo Europeu de Genomas.
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