
01 de maio de 2015 | 00h36
Para o Ministério da Saúde e especialistas em infectologia, as amplas políticas de vacinação foram as responsáveis pela erradicação da rubéola no Brasil e nas Américas e deverão ser mantidas para que a conquista não seja perdida. "O Brasil não registra casos de rubéola desde 2009. A eliminação da doença no País foi possível graças à alta cobertura vacinal e às estratégias de vacinação realizadas pelo Ministério da Saúde desde 1992, quando se deu o início da introdução da vacina tríplice viral na rotina de vacinação, de forma gradativa em todo o país, bem como das realizações das campanhas de vacinação", ressaltou o ministério, em nota.
De acordo com a pasta, em 2008, último ano com registros da doença, foram 2.173 casos no território nacional. Na maioria dos casos, a rubéola não apresenta grandes complicações, mas quando o vírus infecta uma gestante, ele pode causar graves problemas para o feto, como má formação, surdez e retardo mental, além de aumentar o risco de aborto para a mulher.
Para o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas, mesmo com a erradicação no continente, as campanhas de vacinação devem ser mantidas com a mesma força. "Hoje, principalmente por causa da globalização, é muito fácil termos contato novamente com o vírus, seja viajando ao exterior, seja por meio de turistas infectados que eventualmente venham ao Brasil", explica ele.
Duas vacinas são ofertadas pelo ministério contra a rubéola: a tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubéola e é indicada para pessoas até 49 anos, e a tetra viral, que combate sarampo, caxumba, rubéola e varicela e é voltada para as crianças menores de 2 anos de idade. As vacinas estão disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde.
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