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Ansiedade em crianças e adolescentes: como os pais podem ajudar

Dificuldades de saúde mental desafiam famílias e escolas; atenção ao comportamento e ao uso de telas são essenciais

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

Após mais de dois anos de pandemia e diante do longo período de escolas fechadas, pais, professoes e os próprios estudantes têm percebido problemas de saúde mental entre crianças e adolescentes. Crises de ansiedade, além de relatos de tristeza e dificuldade de lidar com a pressão, têm sido frequentes. 

O professor Mario Fioranelli faz dinâmica de debate com alunos do colégio Pioneiro Foto: Keiney Andrade/Estadão

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Os problemas socioemocionais dos alunos trazem obviamente sofrimento para os pais. Muitos relatam dúvidas sobre a maneira correta de agir e como ajudar de fato. O psiquiatra Rodrigo Bressan, coordenador do programa ‘Cuca Legal’, com foco na saúde mental nas escolas, recomenda que os pais tentem se distanciar do problema. “Mesmo com a ligação afetiva, os pais devem tentar se distanciar para entender o desafio. Não ajuda muito reclamar da escola, por exemplo, e olhar só as dificuldades”, afirma ele, professor de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A psicóloga Adriana Severine afirma que é importante conversar com os filhos – sem interrompê-los ou ficar olhando mensagens no celular durante o papo. “Uma conversa olho no olho vai mostrar como os pais podem interferir, seja no medo do vírus ou na dificuldade de se relacionar”, opina a especialista. 

Veja algumas dicas para ficar atento:

● Alterações de comportamento, como crises de choro e acessos de raiva, também merecem atenção; ● Cansaço, falta de energia e de ânimo; ● Queda da concentração (ficar ‘desligado’' muitas vezes); ● Excesso de tempo em frente às telas (computadores, celulares e televisão); ● Frequência nas aulas (muitas faltas devem começar a preocupar); ● Converse com a professora para saber como a criança está indo na escola; ● Exagero nos padrões alimentadores (comer muito ou passar horas sem comer); ● Pergunte se os amigos são reais ou virtuais – o ideal é ter uma maioria significativa de amigos que podem ser definidos como ‘concretos’; ● Procure um profissional de saúde mental (psicólogo ou psiquiatra).

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