06 de março de 2020 | 15h48
Atualizado 06 de março de 2020 | 21h04
BRASÍLIA E SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, disse que o problema do novo coronavírus no País pode se agravar, mas a população não deve se preocupar. "Ainda que o problema possa se agravar, não há motivo para pânico. Seguir rigorosamente as recomendações dos especialistas é a melhor medida de prevenção", disse.
O pronunciamento se estendeu por dois minutos. O presidente disse que o Brasil reforçou seu sistema de vigilância em portos, aeroportos e unidades de saúde. Ele destacou que os Estados vêm sendo apoiados pelo governo federal. "O governo federal vem prestando informações técnicas a todos os Estados por intermédio do Ministério da Saúde. Os demais ministérios uniram esforços e, juntos aos demais poderes, seguirão garantido o funcionamento das instituições até o retorno à normalidade."
O presidente @jairbolsonaro fez, nesta sexta (6), um pronunciamento à nação para explicar as ações do Governo Federal no combate ao #coronavírus. O Brasil reforçou seu sistema de vigilância e está preparado para enfrentar o vírus.
Fonte: Presidência da República pic.twitter.com/DOXsC187HL — SecomVc (@secomvc) March 6, 2020
Bolsonaro acrescentou que ações foram determinadas para enfrentar o vírus, como a ampliação do funcionamento dos postos de saúde e o reforço a hospitais e laboratórios. "Convoco a população brasileira, em especial os profissionais de saúde, para que trabalhemos unidos e superemos juntos essa situação. O momento é de união."
A decisão sobre o pronunciamento ocorreu após o aumento de casos de coronavírus no país. O núcleo militar avaliou que diante de informações do agravamento da epidemia no mundo seria necessário fazer um comunicado aos brasileiros de que o governo está preparado para enfrentar a crise e assim evitar alarde na população.
Na tarde desta sexta-feira, 6, o Ministério da Saúde divulgou que subiu para 13 o número de infectados. De manhã, Bolsonaro já havia se reunido com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O encontro ocorreu logo após a secretaria de saúde da Bahia confirmar o nono caso de contaminação no País. O ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, disse que o objetivo era "acalmar, levar a informação correta". "O Mandetta está assessorando", disse.
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