Após enfartar, paciente segue dieta cardioprotetora do HCor à risca

Valdir Gilberto Cassoli, um dos participantes da pesquisa nutricional, já perdeu 10 quilos

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Por Fernanda Bassette
Atualização:

SÃO PAULO - O operador de processos petroquímicos Valdir Gilberto Cassoli, hoje com 55 anos, havia acabado de participar de um torneio de tênis amador com amigos, em setembro de 2011, quando se sentiu mal, com dor no peito, formigamento dos dois braços e transpiração excessiva. Ele estava enfartando.

 

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Socorrido em um hospital de Ribeirão Pires, onde o torneio era realizado, fez vários exames que confirmaram o diagnóstico de enfarto. Foi imediatamente encaminhado para a UTI, até conseguir transferência para o HCor, em São Paulo, onde deu continuidade ao tratamento.

 

"Sempre tive o colesterol acima do limite, mas não a ponto de precisar tomar remédio. Controlava fechando a boca, mas depois relaxava. Eu praticava esporte pelo menos uma vez por semana e não era obeso. Nunca imaginei que sofreria um enfarto."

 

No HCor, exames de imagem mostraram que Cassoli estava com 90% de uma artéria obstruída, por isso ele teve de colocar um stent (tipo de mola flexível que mantém as paredes da artéria abertas, desobstruindo a passagem do sangue). Recebeu alta três dias depois.

 

Pesquisa. Já em casa, Cassoli recebeu um convite da equipe de nutricionistas do HCor para participar da pesquisa sobre a dieta cardioprotetora. "Caiu como uma luva para o momento que eu estava passando", contou.

 

Cassoli recebeu o livro de receitas adaptadas elaborado pela equipe do hospital e diz que experimentou praticamente todas. Ele diz que já seguia uma dieta por conta do enfarto, por isso não foi difícil se adaptar às sugestões das nutricionistas.

 

"Passei a tomar leite desnatado em vez de integral, a comer queijo branco no lugar do amarelo e incluí cereais e aveia no café da manhã. Também comecei a comer mais peixe e carne branca e a usar óleo de canola", diz.

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Cassoli era do grupo de pacientes que recebia acompanhamento semanal da nutricionista. "A dieta associa os alimentos às cores da bandeira brasileira: verde, amarelo e azul. Para compor o cardápio, a gente tinha de pensar nessas proporções. Facilitou bastante", afirmou.

 

Um ano e cinco meses depois do enfarto, Cassoli retomou a prática de atividades físicas e mantém a dieta à risca. Já perdeu cerca de 10 quilos e voltou a praticar tênis, de maneira moderada e com acompanhamento.

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