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Após morte de macacos, cidade paulista entra em alerta contra febre amarela

Em Marapoama, primata foi encontrado próximo à área urbana; população está sendo vacinada

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:
Vacinação foi intensificada na região Foto: Divulgação

SOROCABA - Depois de achar um segundo macaco morto muito próximo da área urbana, a pequena Marapoama, na região de São José do Rio Preto, entrou em alerta máximo contra a febre amarela. Entre os 2.633 habitantes, aqueles sujeitos a contrair a doença estão sendo vacinados. 

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De acordo com a coordenadora municipal de Saúde, Vanessa Meneguesso, a situação preocupa, mas ainda não é caso de desespero, já que a existência do vírus na área urbana não está confirmada. "Intensificamos a vacinação como medida de precaução, mas não há motivo para pânico", disse.

O segundo macaco foi achado no dia 13, em um córrego, mas estava em decomposição, o que impediu a coleta de material para exame. No sábado, 14, a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) aplicou inseticida em todas as casas em um raio de 300 metros. De acordo com o técnico da Sucen, Nelson Yamamoto, o objetivo é impedir que o vírus da febre amarela chegue ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, presente na área urbana. "Numa segunda fase, vamos estender o bloqueio ao raio de 600 metros", disse.

Desde dezembro, quando foi encontrado o primeiro macaco morto, a população da zona rural já vinha sendo vacinada. Os exames comprovaram que ele tinha a doença. Em outras doze cidades da região, houve registro de mortes de macacos, a maioria com confirmação da doença. Em Bady Bassit, foi confirmado o primeiro caso de óbito por febre amarela em humanos, em 2016. Um homem de 38 anos morreu em abril, após apresentar sintomas da doença. Outra morte pela febre amarela foi confirmada em Ribeirão Preto, também na região norte paulista, no final de dezembro, vitimando um homem de 52 anos.

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