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Após operação, Campinas decreta intervenção no Hospital Ouro Verde

MP apontou desvio de verbas na instituição pública; metade dos funcionários entrou em greve pela falta de pagamento do 13º

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Um dia após a operação do Ministério Público Estadual que apurou desvio de verbas na instituição, a prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, decretou nesta sexta-feira, 1.º, intervenção no Hospital Ouro Verde, um dos principais hospitais públicos da cidade. O prefeito Jonas Donizete (PSB) nomeou interventor o presidente do Hospital Municipal Dr. Mario Gatti, Marcos Pimenta. De acordo com o prefeito, o contrato com a Organização Social Vitale, principal alvo da ação do MP e responsável pela gestão do hospital, foi rompido.

Contrato do Hospital Municipal Ouro Verde, em Campinas, com organização social foi rompido Foto: Rogério Capela/Prefeitura de Campinas

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Na manhã desta sexta-feira, 50% dos 1,6 mil funcionários do hospital entraram em greve. O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde (Sindsaúde) de Campinas informou que a greve foi decretada porque a Vitale não depositou a primeira parcela do 13.º salário na data prevista em lei e, também, em protesto contra as irregularidades flagradas na operação do Ministério Público. A Vitale alegou falta de recursos para o pagamento e problemas operacionais decorrentes da ação do MP.

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A prefeitura negociava, no fim da tarde desta sexta-feira, um acordo para suspensão da greve.

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A ação do MP, realizada em Campinas e outras cinco cidades, resultou em cinco prisões, inclusive de ex-dirigentes da Vitale, e na apreensão de R$ 1,2 milhão na casa de um dentista, servidor público da prefeitura de Campinas. Segundo o prefeito, ele foi exonerado e vai responder a processo administrativo.

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Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão - o material está sendo periciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Carros de luxo foram apreendidos com os suspeitos. A investigação apontou desvio de recursos que podem chegar a R$ 4 milhões, com o uso da Vitale para o enriquecimento ilícito.

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