Associação da indústria critica proposta de aumentar impostos de refrigerantes

Ministério da Saúde propôs elevação de tributos sobre bebidas açucaradas para elevar os preços e reduzir o consumo, como forma de prevenção e combate à obesidade; para fabricantes, ideia 'compromete toda uma cadeia produtiva e de investimentos'

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Por Ligia Formenti
Atualização:

BRASÍLIA - A Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir)criticou a proposta de elevar a taxação de bebidas açucaradas, apresentada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.O ministro encarregou sua equipe para preparar um projeto, que será levado aos colegas de governo assim que for concluído. O objetivo é elevar os preços e reduzir o consumo das bebidas como forma de prevenção e combate à obesidade.

As bebidas açucaradas são importantes vetores de consumo de açúcar Foto: AFP PHOTO JOEL SAGET

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"O México adotou o artifício e não houve redução de consumo nem queda nas taxas de obesidade. Houve impacto, isso sim, nos investimentos e nas taxas de emprego na indústria local de bebidas não alcoólicas", reagiu a associação. Na nota, a entidade argumentou ainda que a Dinamarca suspendeumedida semelhante, pouco tempo depois de ser instituída, por considerá-la ineficaz. 

A associação assegurou ainda que70% do açúcar consumido pelo brasileiroé o chamado "açúcar de mesa" - que ele próprio acrescenta a bebidas e alimentos. 

"É razoável crer que a sobretaxação de refrigerantes e sucos, comprometendo toda uma cadeia produtiva e de investimentos, será eficaz para reduzir a obesidade no Brasil?", questionou a associação.

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