
20 de julho de 2013 | 20h51
A reportagem conversou com diretores do Conselho Geral dos Colégios Oficiais de Médicos (CGCOM), com a Sociedade Espanhola de Medicina da Família e Comunitária (Semfyc) e com a Sociedade Espanhola de Médicos de Atenção Primária (Semergen) - e todas as organizações foram elogiosas quanto ao projeto.
Médicos espanhóis apostam no Brasil
“O Brasil faz uma aposta interessante para salvar sua saúde pública. Para os países que enviarão médicos e para os próprios profissionais pode ser muito bom”, entende Alberto López García-Franco, diretor técnico da Semfyc. Mas, diz, o Brasil terá de demonstrar empenho para conquistar a atenção dos espanhóis. “O mercado europeu, formado pela Inglaterra, Escandinávia, França e Alemanha, é muito atrativo”, diz.
Para Fernando Rivas, membro do Conselho-Geral do CGCOM, o salário oferecido pelo governo brasileiro é vantajoso. “Mas há outras questões, como a validação de diplomas, as dúvidas sobre o retorno, se contará ou não o tempo de trabalho e, principalmente, as condições de trabalho.”
Para Rivas, a imagem da saúde pública no Brasil também pesa de forma negativa. “Para a maioria, é uma medicina com precariedade e pobreza, falta de estrutura e de equipamentos”, ressalta. “Mas, para o médico que quer se inscrever, também é um grande desafio.”
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