Dois astronautas realizaram uma caminhada espacial para fazer a conexão de eletricidade no mais novo aposento da Estação Espacial Internacional (ISS), numa corrida para manter no cronograma a viagem do ônibus espacial Atlantis, prevista para o início de dezembro. O Atlantis deverá levar à ISS o laboratório Columbus, construído pela Agência Espacial Européia (ESA). A comandante Peggy Whitson e o astronauta Daniel Tani tiveram de conectar os cabos de aquecimento, energia e fluidos entre a ISS o módulo Harmony, que chegou ao espaço a bordo do ônibus espacial Discovery, em outubro. As linhas de fluido - que transportam amônia, um refrigerador - estavam numa prateleira móvel de 136 kg. Os astronautas removeram a prateleira de seu suporte e carregaram-na até o Harmony. "Não corra", Whitson disse a Tani. Os dois se revezaram para carregar o material, que era desajeitado de segurar, e avançaram. na remoção de algumas travas, cristais congelados de amônia flutuaram e atingiram Whitson. O controle de missão disse à astronauta para não se preocupar. Os procedimentos de descontaminação prevêem uma escovação para retirar os flocos do material tóxico, ou deixá-lo evaporar ao sol. A Nasa não pode lançar outro ônibus espacial até que o Harmony esteja plenamente ligado à ISS. O Columbus deve se conectar a uma porta do módulo. Os três astronautas residentes da ISS vêm trabalhando diuturnamente desde que o Discovery partiu, há duas semanas, e só na semana passada conseguiram levar o Harmony a sua localização final na configuração da estação. Uma nova caminhada espacial está prevista para sábado, para conectar outra linha de fluido ao módulo.