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Atenção à saúde mental deve ser foco de ações e iniciativas nas empresas

Na Sanofi, o assunto é tratado como prioridade

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Por Sanofi
4 min de leitura
Pedro Pittella, diretor de Recursos Humanos da Sanofi 

Em sua participação no painel Saúde Mental e Trabalho, na programação do Estadão Summit Saúde 2021, Pedro Pittella, diretor de Recursos Humanos (RH) da Sanofi, foi enfático: se problemas de saúde mental já eram uma epidemia antes da covid-19, a situação só se agravou ao longo da crise sanitária.

Responsável pelo desenvolvimento de estratégias de RH, gestão de talentos e treinamentos na empresa, Pittella argumenta que não é mais possível ignorar a importância de temas como a síndrome de burnout, exaustão vinculada ao trabalho – que ganhou ainda mais relevância diante das alterações impostas pela pandemia no ambiente e nas relações de trabalho nas empresas.  

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“A reinvenção da forma de trabalhar é uma realidade que a gente ainda não conhece bem. Temos mais perguntas do que respostas”, diz o executivo. “Hoje penso diferente de meses atrás, quando todos tivemos que mudar para o modo de trabalho remoto”, exemplificou.

A mudança para o home office trouxe questões como a chamada fadiga do Zoom, com a intensificação das reuniões e conversas das equipes pelas telas do computador ou do celular. A constatação levou a mudanças de contexto na Sanofi, conta Pittella: “O Zoom passou a ser proibido antes das 8h da manhã, entre meio-dia e 14h e depois das 18h”. A essas determinações se somou a decisão da sexta-feira curta, regime em que não se trabalha depois das 15h nesse dia. “Isso permite que as pessoas tenham uma pausa para respirar, para ir à academia se exercitar, ler um livro, o que for melhor para sua saúde física e emocional”, destaca Pittella.

Para as lideranças, foi preciso desconstruir a ideia de que era preciso estar o tempo todo no controle. “Como se desapega? Essa transformação faz parte de um processo, o de deixar as pessoas mais autônomas, mais empoderadas. No mundo corporativo, porém, não se desarma isso de uma hora para outra”, pondera o diretor. 

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Abordagem integral da saúde

Com equipes na fábrica, que não parou durante a pandemia, e times de vendas espalhados por todo o País, na Sanofi mais do que nunca foi preciso zelar por uma abordagem integral nos cuidados com os colaboradores. Baseada no conceito de cinco saúdes (veja no quadro), a estratégia tem como palavra-chave o equilíbrio. “Não há como separar os diferentes aspectos da saúde. Da prevenção com vacinas à atenção em momentos de crise, como a morte de um familiar ou uma separação, é preciso olhar a pessoa como um todo. Os gestores devem ser treinados para reconhecer os sinais de problemas emocionais e recomendar a busca por assistência”, ressalta Pedro Pittella.

A Sanofi conta com uma plataforma para consultas psicológicas que teve uma grande adesão durante a pandemia. “Eu mesmo faço questão de dizer que adotei as sessões de terapia. Quando um líder fala sobre isso, dá liberdade para que as pessoas assumam que não estão bem e precisam de ajuda”, diz Pittella. Outra iniciativa da companhia nesse sentido, o programa Psicologia Viva é extensivo aos familiares dos colaboradores.

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Um novo teste: o sistema híbrido

Com os escritórios abertos para o retorno ao trabalho presencial voluntariamente desde março, a partir de janeiro de 2022 a Sanofi passará a viver um incremento do sistema híbrido, com parte remota e parte presencial. “Devemos nos preparar para nova adaptação”, avalia Pittella. Será um momento de encarar novos desafios, como o receio de perder espaço, de perder influência, entre aqueles que em determinado momento não estarão fisicamente na empresa.

“Por outro lado, existe um risco de achar que, se estamos há um ano e meio em trabalho 100% remoto, não precisamos mais voltar ao presencial. Isso é uma falácia”, afirma Pittella. “Nesse modelo remoto, a interação cultural fica comprometida. A Sanofi é uma empresa que valoriza a relação pessoal. A criatividade, por exemplo, é nutrida no presencial. Assim como a confiança, que tem como elemento a intimidade. E a confiança é que faz a engrenagem funcionar”, observa.

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Espaço e olhar para todos

Na pandemia, o tema da diversidade ganhou ainda mais foco. Na plataforma de atendimento psicológico da Sanofi, 70% da participação é de mulheres, por exemplo. “Elas foram de fato as mais afetadas nesse período, porque em nossa sociedade são as mulheres que ainda arcam mais com o trabalho em casa, com os filhos. Quando se trata de saúde mental, sempre reforçamos a necessidade de inclusão”, diz Pittella. Ele chama atenção, ainda, para a diversidade geracional. “A população mundial está envelhecendo. As empresas precisam lidar com esse tema também.” Na visão do executivo, em resumo, as organizações têm o papel de influenciar a sociedade em assuntos como saúde mental, diversidade, inclusão, ferramentas digitais, novas formas de trabalhar. “Sem esconder dificuldades, devem agir com responsabilidade para encontrar o caminho do meio e buscar o sucesso de todo mundo”, conclui.

O conceito de cinco saúdes

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1. Física: foco em alimentação saudável, exercício físico e cuidados com o sono para manter o corpo em dia.

2. Emocional: desenvolvimento de habilidades para lidar com estresse, aumentar a autoestima e o autocontrole.

3. Social: diz respeito à capacidade de se relacionar bem com quem forma sua rede de apoio – familiares, amigos e colegas de trabalho.

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4. Intelectual: trata-se do investimento no conhecimento, de exercitar a curiosidade e a capacidade de concentração.

5. Espiritual: muito além da religião, está relacionada a propósitos de vida, valores éticos e morais.

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