PUBLICIDADE

Australiano percorre os 21 mil quilômetros que unem o polo Norte ao Sul

Atleta correu em média 80 quilômetros por dia e enfrentou durante o trajeto temperaturas extremas de até 40 graus negativos

Por Efe
Atualização:

 O ex-maratonista australiano Pat Farmer chegou nesta quinta-feira, 19, ao extremo sul do planeta depois de completar correndo os 21 mil quilômetros de distância que unem o Polo Norte ao Polo Sul, informou nesta quinta-feira, 19, a Cruz Vermelha. Com essa façanha, Farmer pretendia arrecadar dinheiro para a organização internacional. Ele chegou ao Polo Sul por volta das 0h30 desta quinta-feira. O percurso foi cheio de percalços, o mais significativo foi que percorreu sozinho os últimos oito quilômetros. O carro de apoio que o acompanhava durante todo o trajeto quebrou. "Cada passo, cada frustração e cada momento em que pensei e depois me arrependi em parar e não correr mais nenhum quilômetro valeu à pena", informou o australiano em comunicado de imprensa. O atleta, que correu em média 80 quilômetros por dia, enfrentou durante o trajeto temperaturas extremas de até 40 graus negativos. Desde que partiu do Polo Norte em 2 de abril, o corredor se perdeu por zonas desérticas do Peru, se esquivou de ursos polares, serpentes, crocodilos, paramilitares e bandidos. "Aguentei muito durante esta corrida, mas as pessoas da África, Timor-Leste e América do Sul que não têm água potável ou foram vítimas de inundações, terremotos, incêndios e fome também sofrem", afirmou Farmer. O australiano, que fincou a bandeira da Cruz Vermelha no extremo sul, comemorou nesta quinta a sua vitória com uma garrafa de espumante e pondo os pés de molho na água quente na base americana na Antártida. Farmer irá na sexta-feira para Puerto Montt no Chile, onde vai completar outros 2,5 mil quilômetros pelo território chileno e argentino rumo à Terra do Fogo, no extremo sul do continente americano. O esportista australiano, de 48 anos, perdeu mais de 10 quilos durante a aventura e, por enquanto, arrecadou US$ 100 mil para a ONG.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.