
21 de outubro de 2011 | 11h07
RIO DE JANEIRO - O investimento em políticas sociais e num sistema de saúde público são as bases para um crescimento econômico baseado no bem-estar, afirmaram nesta quinta-feira, 20, autoridades presentes numa conferência organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) realizada no Rio de Janeiro.
"Devemos aprender com erros do passado e entender a política social como um investimento, e não como uma despesa", disse o ministro peruano de Saúde, Alberto Tejada, durante o segundo dia da Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde.
O dirigente participou de um debate ao lado do ministro uruguaio de Saúde, Jorge Venegas, que ressaltou a necessidade dos governantes refletirem sobre um sistema de saúde equitativo apesar das dificuldades derivadas da crise econômica.
Por sua parte, a ministra da Saúde e Assuntos Sociais da Noruega, Anne Strom, apostou na cooperação interministerial dentro dos governos para reduzir os índices de desigualdade e acrescentou que a social-democracia é a principal via para garantir a manutenção do investimento sanitário.
Com o objetivo de tornar a saúde uma prioridade na agenda mundial durante a próxima década, o ministro da Saúde da Eslovênia, Dorijan Marusic, lembrou a "grande tradição" de seu país no impulso de políticas de igualdade e a colaboração que existe entre as autoridades locais na luta contra a pobreza.
Já o professor Don Matheson, da Universidade de Massey, na Nova Zelândia, alertou que a crise econômica pode aumentar as desigualdades sociais.
"Reduzir o orçamento em Saúde é uma falsa economia porque aumenta a desigualdade, prejudica a qualidade do serviço e piora o atendimento ao paciente", afirmou o ministro de Saúde do Reino Unido, Simon Burns.
A Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde se encerra amanhã com um debate que terá a participação da vice-presidente do encontro, a finlandesa Maria Guzenina, e o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.
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