
21 de novembro de 2007 | 16h45
Bebês são capazes de notar a diferença entre amiguinhos bons ou maus, e sabem quais escolher, mostra um novo estudo. Crianças de seis a dez meses exibiram importantes critérios de seleção social antes mesmo de aprender a falar, mostra trabalho do Centro de Cognição Infantil da Universidade Yale, publicado na revista Nature. Os bebês assistiram a um boneco de madeira tentando subir uma colina, e outro boneco aparecer para ajudar ou atrapalhar o primeiro. As crianças então tiveram acesso aos bonecos, e os cientistas esperaram para ver com qual os bebês escolheriam brincar. Praticamente todas as crianças optaram por ficar com o boneco "bonzinho". Elas também gostaram mais de brinquedos neutros - que não ajudavam e nem atrapalhavam - do que dos brinquedos "maus". "É impressionante que bebês possam fazer isso", disse a principal autora do trabalho, a psicóloga Kiley Hamlin. "O que mostra que temos perícias sociais essenciais ocorrendo sem educação explícita". Não houve diferenças de reação entre meninos e meninas, mas quando os pesquisadores tiraram os olhos que faziam os brinquedos parecerem seres vivos, os bebês perderam a capacidade de julgá-los, disse Hamlin. A escolha do bom sobre o mau apóia uma escola de pensamento segundo a qual algumas capacidade sociais são inatas, e não fruto de aprendizado. O psicólogo David Lewkowicz, que não tomou parte no estudo, disse que o trabalho é interessante, ,as que não está convencido de que o comportamento não foi aprendido de outros. "Crianças adquirem um bocado de experiência social entre o nascimento e os seis meses", ponderou. A equipe de Yale afirma ter pesquisas preliminares que mostram tendências semelhantes em bebês de até três meses, diz Hamlin.
Encontrou algum erro? Entre em contato