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Biossimilares são seguros e acessíveis

Medicamentos inovadores ampliam o alcance de tratamentos de qualidade

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Por Sandoz
Atualização:
4 min de leitura
1º Dia do Fórum "Biossimilares: sustentabilidade e inovação"- Parceria com a Sandoz 

Se você nunca ouviu falar sobre medicamentos biossimilares, está na hora de se inteirar sobre o assunto. Está no ar o fórum “Biossimilares: sustentabilidade e inovação”, onde médicos especialistas, representantes de entidades reguladoras e de associação de pacientes discutem o assunto em evento online, transmitido ao vivo pelas mídias sociais do Estadão. Os próximos eventos serão hoje, 28, e amanhã, dia 29 de julho, das 9h às 11h.

Essa classe de medicamentos é uma versão dos biológicos de referência. Produzidos a partir de organismos vivos, células animais, bactérias ou leveduras, os medicamentos biológicos revolucionaram o tratamento de diversas doenças, principalmente nas áreas de dermatologia, reumatologia, oncologia e endocrinologia.

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Durante o primeiro debate, Juliana Pereira, oncohematologista, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), explicou que “na oncologia, por exemplo, os biológicos trouxeram uma mudança de paradigma, pois antigamente os pacientes tinham que enfrentar mais sessões de quimioterapia, que provocavam muitos efeitos colaterais. Atualmente contamos com os chamados medicamentos-alvo, que agem diretamente sobre o tumor, o que faz aumentar a qualidade de vida e o período de sobrevida dos pacientes.” Para Morton Scheinberg, reumatologista e imunologista do Hospital Israelita Albert Einstein, pesquisador clínico do Hospital da AACD e do Núcleo de Doenças Autoimunes do Hospital BP-Mirante (Beneficência Portuguesa), de São Paulo, “no caso da artrite reumatoide, possibilitaram que muito menos pessoas precisem de próteses, como as de quadril e joelho”.

Mas, muitas vezes, conquistas em pesquisa têm um custo que impossibilita o acesso a tratamento inovador para parte da população. A expansão dos biossimilares representa uma oportunidade de oferecer alternativas inovadoras a um número maior de pacientes, além de estimular a concorrência e a competitividade no setor. Isso porque a transferência de tecnologia torna possível reproduzir medicamentos com a mesma sequência genética dos biológicos de referência, cuja patente expirou.

É importante ressaltar que biossimilar não é o mesmo que genérico. O medicamento genérico, por ter como base moléculas sintéticas e mais simples, reproduz fielmente o princípio ativo de uma marca, depois de sua patente ter expirado. Já o biossimilar é uma versão altamente semelhante, mas não uma cópia exata do biológico de referência. Para obter a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o biossimilar deve atender a uma série de critérios internacionais. Antes de serem liberados para o uso, tanto os medicamentos biológicos de referência quanto os biossimilares são testados lote a lote.

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“Diferentemente do que acontece com os genéricos, que são uma cópia idêntica do medicamento de referência, os biossimilares são muito semelhantes aos biológicos, mas é essencial, para sua liberação, que sejam asseguradas pelo fabricante sua eficácia e segurança equivalentes às dos medicamentos de referência”, explicou Annemeri Livinalli, farmacêutica especialista em oncologia, diretora de Comunicação na Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (Sobrafo).

Arte: Media Lab Estadão 

Lindemberg Assunção Costa, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e presidente do Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia (INAFF), acredita que em especial dois fatores contam para fazer com que os biossimilares cheguem ao mercado com valores mais acessíveis: “Em primeiro lugar, eles não precisam ter investimento em marketing, pois já contam com o trabalho de divulgação realizado pelo fabricante do medicamento de referência, garantindo que sua ação já seja conhecida. Além disso, como surgem novas opções com a mesma ação no mercado, há uma competição entre elas que leva a uma redução no preço”.

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De acordo com Daniela Marreco, bióloga, especialista em regulação e vigilância sanitária, adjunta de diretoria da Anvisa, para garantir que mais pacientes tenham acesso aos benefícios oferecidos pelos biossimilares, é preciso que haja uma regulamentação efetiva na sua precificação e que esses medicamentos sejam incorporados aos serviços de saúde.

Annemeri Livinalli chamou a atenção também à importância da amplificação da informação, nesse contexto. “Os pacientes devem se informar com profissionais que sejam especialistas no assunto, para que sintam a segurança de que o biossimilar funciona tão bem quanto o seu biológico de referência, mesmo sendo mais acessível”.

Assista o primeiro dia Fórum "Biossimilares: sustentabilidade e inovação" - 27 de julho de 2020

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