Bolsonaro diz que Pazuello não ficará no cargo de ministro da Saúde

Presidente não deu sinais, porém, que procura outro nome para a pasta; em plena pandemia de covid-19, o ministério está há 53 dias sem um titular

PUBLICIDADE

Foto do author Daniel  Weterman
Por Daniel Weterman
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta terça-feira, 7, que o general Eduardo Pazuello não permanecerá no cargo de ministro da Saúde, cargo que ocupa como interino.

PUBLICIDADE

O chefe do Planalto não deu sinais, porém, que procura outro nome para a pasta. Em plena pandemia de covid-19, o ministério está há 53 dias sem um titular. A doença já provocou 66.093 mortes no Brasil até a tarde desta terça-feira, 7.

"É um nome que não vai ficar para sempre, está completando três meses como interino e já deu uma excelente contribuição para nós", afirmou Bolsonaro ao falar sobre Pazzuello em uma entrevista a emissoras de TV no Palácio da Alvorada. Na mesma ocasião, o presidente da República disse estar com o novo coronavírus.

Brasil está há 53 dias sem ministro da Saúde

Bolsonaro não tem dado nenhuma sinalização de que está em busca de um nome para a pasta responsável por enfrentar a pandemia. Como mostrou o Estadão, é a primeira vez desde 1953 que o ministério fica tanto tempo sem um titular.

Eduardo Pazuello é o 12° ministro do governo Bolsonaro a contrair covid-19 Foto: Adriano Machado/ Reuters

O presidente intensificou nos últimos meses a entrega de cargos a militares. Ele confirmou, inclusive, que o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), é cotado para o Ministério da Educação, conforme o Broadcast Político antecipou. No caso da Saúde, o chefe do Executivo federal classificou o ministro interino como "ruim de imprensa", mas um "excelente gestor".

Conforme o Estadão noticiou, Pazuello é apontado por colegas de governo e secretários locais de saúde como mais influente e poderoso do que Nelson Teich, último titular da pasta, que pediu demissão em 15 de maio. As trocas começaram após a demissão de Luiz Henrique Mandetta, no no dia 16 de abril.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.